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Galípolo, Caged e feriado nos EUA: o que move os mercados nesta quinta-feira

Volume de negócios deve ficar reduzido na bolsa brasileira sem a referência de Wall Street

Galípolo: Presidente do BC participa de evento do Itaú (Elio Rizzo/BCB/Divulgação)

Galípolo: Presidente do BC participa de evento do Itaú (Elio Rizzo/BCB/Divulgação)

Da Redação
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Redação Exame

Publicado em 27 de novembro de 2025 às 05h00.

Última atualização em 27 de novembro de 2025 às 05h28.

Nesta quinta-feira (26), as bolsas nos Estados Unidos estão fechadas por conta do feriado de Ação de Graças.  As negociações retornam amanhã, sexta-feira, em um pregão reduzido, que funcionará até às 15h (horário de Brasília).

A menor liquidez nos mercados globais tende a reduzir o volume de negócios na bolsa brasileira ao longo do dia. Na véspera, o Ibovespa encerrou o pregão com alta de 1,70%, aos 158.554 pontos, renovando o recorde histórico nominal de fechamento, em meio a crescentes expectativas de mais um corte de juros nos Estados Unidos.

No Brasil, a agenda econômica de hoje traz o IGP-M de novembro, para o qual analistas projetam alta de 0,28%, segundo consenso da Reuters. O mercado também acompanha os números do Caged, referentes a outubro, com expectativa de criação de aproximadamente 105 mil vagas formais.

Além disso, o Conselho Monetário Nacional (CMN) realiza sua reunião mensal, que tende a receber atenção maior do que o habitual em meio à liquidação do Banco Master.

Entre os eventos domésticos, o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, participa às 15h de um encontro promovido pela Itaú Asset Management, com transmissão ao vivo no YouTube. As falas do dirigente podem oferecer pistas adicionais sobre a avaliação do BC a respeito das condições financeiras e das perspectivas para a política monetária.

Do lado corporativo, o novo Plano de Negócios 2026-2030 da Petrobras será apreciado pelo Conselho de Administração da companhia nesta quinta.

Cenário internacional

No exterior, o foco recai sobre uma série de indicadores do Japão, incluindo a inflação de novembro na capital, Tóquio, além dos dados de outubro sobre vendas no varejo, produção industrial e taxa de desemprego. A inflação anual japonesa permanece acima da meta de 2% do Banco do Japão (BoJ).

Segundo o analista Leandro Manzoni, a recuperação da atividade econômica, impulsionada pelas exportações, pelos investimentos, pelo aumento salarial e, mais recentemente, pelo pacote de estímulo fiscal anunciado pela nova primeira-ministra Sanae Takaichi, intensifica a pressão de parte do conselho do BoJ por uma elevação da taxa de juros já na reunião de dezembro.

Ainda no cenário internacional, a Zona do Euro publica o índice de confiança do consumidor de novembro, que deve permanecer em terreno negativo, com projeção de –14,2 pontos, refletindo o ambiente ainda frágil da economia europeia. Os investidores também aguardam a divulgação ata da reunião do Banco Central Europeu (BCE) de outubro.

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