Gabriel Galípolo: presidente do BC discursa em evento da Associação Comercial de SP nesta segunda-feira (Lula Marques/Agência Brasil)
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Publicado em 11 de agosto de 2025 às 08h25.
Os mercados iniciam a semana de olho em uma agenda intensa, marcada por indicadores econômicos, balanços corporativos e movimentações políticas que podem influenciar o rumo dos negócios.
Na China, os dados de atividade ganham destaque após a divulgação de uma inflação estável, reforçando as preocupações sobre o ritmo de recuperação da segunda maior economia do mundo. O cenário é agravado pela pressão do protecionismo norte-americano, que mantém tarifas sobre produtos chineses.
A trégua tarifária entre Pequim e Washington expira nesta terça-feira, e ainda não há confirmação sobre a prorrogação do acordo por mais 90 dias.
No Brasil, o governo deve lançar até terça-feira o plano de contingência contra o tarifaço de Donald Trump.
Na quarta-feira, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se reúne com o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, para tentar excluir café e carnes da lista de produtos atingidos.
A temporada de balanços segue intensa nesta segunda-feira, com atenção voltada para empresas de peso. Direcional (DIRR3), Itaúsa (ITSA4), Sabesp (SBSP3), Natura (NTCO3), Vibra Energia (VBBR3) e Vamos (VAMO3) divulgam seus resultados após o fechamento do pregão.
No campo político e econômico, o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, faz palestra às 10h30 na Associação Comercial de São Paulo, um dia antes da divulgação do IPCA de julho, que deve mostrar aceleração na inflação. Às 18h, ele se reúne com a Febraban e grandes bancos.
A agenda local traz ainda, às 8h, a prévia do Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) da FGV; às 8h25, o Relatório Focus do Banco Central; e às 15h, a balança comercial semanal da Secex.
As bolsas asiáticas encerraram o pregão desta segunda-feira, 11, majoritariamente em alta. Na Austrália, o S&P/ASX 200 subiu 0,43% à espera da decisão do banco central nesta terça-feira.
Na China, o Shanghai Composite avançou 0,34% e o Hang Seng, de Hong Kong, ganhou 0,19%, impulsionado pelo IPO da Ab&B Bio-Tech, que chegou a disparar quase 170%. O Kospi, da Coreia do Sul, foi exceção, com queda de 0,10%. Os mercados japoneses permaneceram fechados por feriado.
Por volta das 8h (horário de Brasília), as bolsas europeias operavam sem direção única. O DAX, de Frankfurt, recuava 0,48% e o CAC 40, de Paris, caía 0,46%, enquanto o FTSE 100, de Londres, avançava 0,22%. O Stoxx 600 tinha baixa de 0,11%.
Nos Estados Unidos, os futuros também mostravam cautela: Dow Jones subia 0,22%, S&P 500 ganhava 0,07% e Nasdaq 100 operava praticamente estável, com leve queda de 0,01%.