Mercados

G7 reitera compromisso com taxas de câmbio

Estados Unidos, Grã-Bretanha, França, Alemanha, Japão, Canadá e Itália concordaram em monitorar estreitamente as taxas de câmbio

Moedas (Samuel Kubani/AFP)

Moedas (Samuel Kubani/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 12 de fevereiro de 2013 às 09h50.

Londres/Tóquio - O G7, que reúne as sete economias mais desenvolvidas do mundo, reiterou nesta terça-feira seu compromisso com taxas de câmbio determinadas pelo mercado e disse que as políticas fiscal e monetária não devem ser orientadas para desvalorizar moedas.

A reafirmação vem após uma rodada de retórica sobre guerras cambiais, em grande parte pelo novo governo do Japão pressionando para uma expansão agressiva da política monetária, que tem enfraquecido o iene de forma acentuada como resultado.

Segundo o comunicado, as potências do G7 --Estados Unidos, Grã-Bretanha, França, Alemanha, Japão, Canadá e Itália-- concordaram em monitorar estreitamente as taxas de câmbio, que num movimento desordenado poderiam prejudicar a estabilidade econômica e financeira.

"Reafirmamos que as nossas políticas fiscal e monetária têm sido e continuarão a ser orientadas no sentido de cumprir nossos respectivos objetivos nacionais com instrumentos domésticos, e que não terão como alvo as taxas de câmbio", disse o comunicado divulgado pela Grã-Bretanha, que preside o fórum G8 (G7 mais a Rússia ) deste ano.

Apesar disso, não há sugestão de que Tóquio será alvo de forte pressão quando os ministros das Finanças do G20 e os representantes de bancos centrais se reunirem em Moscou, no fim da semana, até porque os EUA estão tolerando políticas semelhantes.

O ministro das Finanças japonês, Taro Aso, saudou o comunicado do G7, dizendo que o documento reconheceu que a política monetária de Tóquio não foi destinada a afetar os mercados de câmbio.

"Foi significativo para nós, como (o G7) corretamente reconhece que as medidas que estamos tomando para vencer a deflação não visam influenciar o câmbio", disse Aso a repórteres.

O subsecretário do Tesouro dos EUA, Lael Brainard, disse na segunda-feira que os EUA apóiam o esforço japonês para acabar com a deflação, mas notou que o G7 tem tido o compromisso de buscar taxas de câmbio determinadas pelo mercado, exceto em raras circunstâncias em que a volatilidade excessiva ou os movimentos desordenados podem justificar uma ação.

Acompanhe tudo sobre:Países ricosÁsiaEstados Unidos (EUA)CâmbioMoedasJapão

Mais de Mercados

Governo do Canadá intervém para deter greve da Air Canada

Após lucro fraco, Air Canada enfrenta greve que paralisa 200 voos diários para os EUA

O que EUA e Argentina têm em comum? Investidores veem 'paralelos preocupantes'

Do Drex à inteligência artificial 'explicável': As 5 inovações que vão mudar o mercado financeiro