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Fusão de Deutsche Boerse com NYSE caminha para veto

Provavelmente as autoridades antitruste da Europa vão vetar a união que criaria a maior operadora de bolsas do mundo

O diretor de operações em um grande banco de investimento europeu disse em Londres que as duas operadoras não fizeram o suficiente para convencer os reguladores europeus (Getty Images)

O diretor de operações em um grande banco de investimento europeu disse em Londres que as duas operadoras não fizeram o suficiente para convencer os reguladores europeus (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 11 de janeiro de 2012 às 13h14.

Frankfurt - Os esforços que a Deutsche Boerse vem promovendo como último recurso para ver aprovada a fusão com a NYSE Euronext parecem fadados ao fracasso diante da perspectiva de que autoridades antitruste da Europa vão vetar a união.

O presidente-executivo da Deutsche Boerse, Reto Francioni, e o da NYSE Euronext, Duncan Niederauer, tentam garantir o negócio levando o caso para comissários em Bruxelas e do Fórum Econômico Mundial (FEM), mas analistas têm dúvidas quanto às possibilidades de sucesso.

"Os comissários raramente votaram contra a recomendação da equipe que cuida do caso, pelo que as possibilidades de que o negócio vá adiante caem agora para 20 por cento", disse nesta quarta-feira o analista Arnaud Gilbat, do UBS.

Uma fonte tinha afirmado à Reuters na terça-feira que o comissário antitruste da Comissão Europeia, Joaquin Almunia, e a equipe dele recomendarão o veto à fusão que criaria a maior operadora de bolsas do mundo.

A Deutsche Boerse planeja ignorar a decisão antitruste e apelar diretamente para o colegiado de 27 comissários, que devem se reunir no começo do próximo mês.

O diretor de operações em um grande banco de investimento europeu disse em Londres que as duas operadoras não fizeram o suficiente para convencer os reguladores europeus.

"Bruxelas entende as questões de concorrência, mas as concessões que as operadoras ofereceram foram patéticas", disse o operador. "Ambas mostraram um clássico comportamento monopolista na proteção dos negócios de futuros, e isso é óbvio porque as taxas de operação e compensação caíram nos últimos anos em todas as áreas da Europa, menos nos negócios de futuros", acrescentou.

O colegiado de comissários deve dar uma decisão final até 9 de fevereiro.

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