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Fundos de renda fixa terão taxa de administração menor

São Paulo - As taxas de administração cobradas pelos fundos de investimento devem manter a tendência de queda, mas apenas nos produtos de renda fixa, afirmou hoje o vice-presidente da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), Demosthenes Pinho Neto. "Nos fundos de ações e multimercados deveremos apresentar uma estabilidade na […]

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h46.

São Paulo - As taxas de administração cobradas pelos fundos de investimento devem manter a tendência de queda, mas apenas nos produtos de renda fixa, afirmou hoje o vice-presidente da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), Demosthenes Pinho Neto.

"Nos fundos de ações e multimercados deveremos apresentar uma estabilidade na cobrança", projetou.

Nos últimos cinco anos, a taxa média cobrada nos fundos de renda fixa para os investidores de varejo caiu de 1,31% para 1,14% ao ano, e nos referenciados DI, de 1,73% para 1,43%. A mesma trajetória, contudo, não foi verificada entre os multimercados, cuja cobrança média subiu de 1,79% para 1,87% no período, e nos fundos de ações, que registraram um aumento na taxa de 2,06% para 2,22% ao ano.

O vice-presidente da Anbima atribuiu o aumento nas taxas dos produtos multimercados e de ações ao crescimento do mercado de capitais nos últimos anos, mais precisamente em 2006 e 2007, com a explosão no número de ofertas públicas iniciais (IPO, na sigla em inglês) no mercado brasileiro. "As áreas de gestão de ações se tornaram mais complexas e precisaram ampliar as equipes de análise, o que se traduziu em um maior valor adicionado e em uma taxa maior", argumentou.

Questionado se a volta das ofertas de ações no mercado brasileiro poderiam levar a um novo aumento na taxa dos fundos, o executivo afirmou que, atualmente, as assets possuem estruturas adequadas para lidar com esse cenário. "Além do mais, não esperamos que haja um fenômeno de aberturas de capital como o que ocorreu em 2007", acrescentou.

Especificamente sobre os multimercados, Pinho Neto afirmou que a taxa indicada nos dados da Anbima inclui também a performance, cobrada do cotista quando o gestor supera o referencial (benchmark). "A menos que haja uma performance muito boa desses fundos, não vejo motivo para uma alta nas taxas daqui para frente", ponderou.

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