Alugueis na cidade de Nova York já voltaram a subir no mesmo ritmo de antes da pandemia, diz gestor da RBR (Alexander Spatari/Getty Images)
Bianca Alvarenga
Publicado em 21 de fevereiro de 2022 às 06h30.
Última atualização em 21 de fevereiro de 2022 às 08h54.
Diversificar ativos em diferentes categorias de investimentos é importante, mas para chegar a uma boa relação de distribuição de risco é essencial também diversificar de forma geográfica. No mundo dos Fundos de Investimento Imobiliário (FII), uma boa alternativa para não "colocar todos os ovos na mesma cesta" é a aplicação em REITs (Real Estate Investment Trusts).
Os REITs são a forma equivalente aos nossos FIIs, guardando algumas diferenças. Um dos principais aspectos que separam o mercado brasileiro do americano é a varidade de tipos de REITs.
"Temos fundos de diferentes perfis, desde REITs de ativos residenciais de diferentes categorias, passando por fundos que investem em torres de celular até alguns que investem em espaços de marina", explicou Ricardo Almendra, sócio e CEO da gestora RBR, durante o programa FIIs em EXAME.
A RBR possui 85% do seu portfólio concentrado no Brasil, e os 15% estão em ativos dos Estados Unidos. Lá, a gestora tem o foco em imóveis residenciais na cidade de Nova York. São prédios de quatro ou cinco andares, que são comprados, reformados e colocados para alugar.
"Fundos grandes dos EUA não olham pra esse tipo de imóvel, porque é um nicho muito pequeno no mercado", diz Almendra.
Ele lembra que por ser diversificado o mercado americano oferece diversos nichos com boas possibilidades de ganho. O retorno da carteira concentrada nos EUA, explica o gestor, está em 15% ao ano.
"A retomada pós-pandemia tem sido mais forte nos Estados Unidos, e o mercado não caiu tanto assim nos últimos dois anos. A vacância na cidade de Nova York, por exemplo, saiu de 2% para perto de 10%. Para os padrões do Brasil, 10% é um nível de vacância baixíssimo", diz o gestor.
Isso não significa que não há boas oportunidades no Brasil. Ele lembra que os segmentos de FIIs corporativos e, em especial, logísticos têm sofrido uma forte recuperação, e que a alta dos juros beneficia a parte de "renda fixa" do mercado imobiliário, como os Certificados de Recebíveis Imobiliários, os CRI.
Para saber mais das diferenças, assista à entrevista completa no FIIs em EXAME conduzida pelo professor Arthur Vieira de Moraes: