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Fundos de renda fixa lideram aplicações no 1º semestre

Até junho, a alta acumulada foi de 4,47%, seguida pelos CDBs


	Operador da Bovespa: no entanto, a renda fixa tem pagado pouco ao investidor
 (Dado Galdieri/Bloomberg)

Operador da Bovespa: no entanto, a renda fixa tem pagado pouco ao investidor (Dado Galdieri/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 1 de julho de 2014 às 15h02.

São Paulo - Os fundos de renda fixa foram os ativos mais rentáveis para o investidor no primeiro semestre deste ano. Até junho, a alta acumulada foi de 4,47%, seguida pelos CDBs, com rendimento médio de 4,05%. A lanterna ficou com o dólar comercial, que recuou 6,11% no período.

"Os papéis prefixados e os indexados à inflação foram favorecidos pela marcação a mercado, por isso os fundos de renda fixa renderam mais do que os fundos DI", afirma Fabio Colombo, administrador de investimentos.

Já o Índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Ibovespa), principal termômetro do mercado acionário brasileiro, retomou sua liderança no ranking mensal após fechar maio no vermelho. Em junho, a Bolsa apresentou alta de 3,77%. No semestre, de 3,23%.

"Daqui para a frente a Bolsa ainda vai apresentar muita volatilidade, sobretudo por causa das eleições, que, aliás, vão mexer ainda com ativos como o câmbio", diz Michel Viriato, coordenador do Laboratório de Finanças do Insper.

Para Colombo, o dólar, na lanterna das aplicações no semestre, deve permanecer no patamar atual, ao menos até as eleições. "Acho difícil o dólar ficar abaixo de R$ 2,20, pois o governo precisa segurar a inflação."

Apesar de liderar o rendimento no semestre, a renda fixa tem pagado pouco ao investidor. "O ganho real ainda é muito pequeno. Com a Selic a 11%, se você tirar a taxa de administração, o imposto de renda e a inflação, o que sobra é algo em torno de 1 a 2% ao ano", afirma Colombo.

"Por isso, é preciso ficar atento às taxas e mexer nos recursos só de dois em dois anos, para pagar a menor alíquota do imposto de renda", diz ele. "A Bolsa é onde vejo a maior perspectiva para quem não vai mexer muito e pode pensar no longo prazo", diz.

Para Viriato, o importante é diversificar e se proteger da inflação. "O investidor brasileiro é quase um viciado em CDI. Ele deveria pensar nos fundos referenciados à inflação, do Tesouro Direto", diz. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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