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Fundos de pensão investem em infraestrutura

Petros, Previ e Funcef deixam a dívida pública para comprar participações em projetos de infraestrutura antes da Copa de 2014 e das Olimpíadas de 2016


	Os principais fundos de pensão do país estão comprando fatias de até 25 por cento em empresas que atuam na construção de aeroportos, hidrelétricas e estradas
 (Wikimedia Commons)

Os principais fundos de pensão do país estão comprando fatias de até 25 por cento em empresas que atuam na construção de aeroportos, hidrelétricas e estradas (Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 7 de novembro de 2012 às 08h38.

São Paulo - Os três maiores fundos de pensão do País estão liderando uma mudança nas carteiras de investimento. Eles deixam a dívida pública para comprar participações em projetos de infraestrutura antes da Copa de 2014 e das Olimpíadas de 2016.

A Petros, Previ e Funcef, que juntos administram US$ 131 bilhões, estão comprando fatias de até 25 por cento em empresas que atuam na construção de hidrelétricas, estradas, linhas de transmissão e aeroportos, disse José de Souza Mendonça, presidente da Abrapp, Associação Brasileira de Previdência Privada.

A Abrapp está em negociações com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social para estimular fundos menores a fazerem investimentos similares, disse ele.

“Em vez de especular o mercado acionário, os grandes fundos estão participando diretamente nas empresas”, disse Mendonça em entrevista em São Paulo.

“Os investimentos em infraestrutura vão crescer naturalmente, mas fundos menores não têm recursos para comprar esse tipo de participação em empresas. Uma das coisas que estamos fazendo com o BNDES é ver como criar fundos de investimento em infraestrutura.”

Fundos de pensão, que detêm R$ 60 bilhões em títulos públicos que vencem em 2014, buscam outras alternativas de investimento após o Banco Central ter reduzido o juro básico para a mínima histórica de 7,25 por cento, disse Mendonça. O corte de 5,25 pontos percentuais da Selic desde agosto de 2011 foi o mais agressivo entre o Grupo dos 20. A taxa estava acima de 25 por cento há menos de 10 anos.

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