Operadores na Bovespa: entre os destaques de captação, estão os fundos referenciados DI (Germano Lüders/EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 7 de outubro de 2014 às 10h55.
São Paulo - Os fundos de investimento registraram captação líquida da R$ 4,4 bilhões em setembro, segundo dados divulgados nesta terça-feira, 07, pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). No ano, segundo a Anbima, as captações líquidas dos fundos chegaram a R$ 31,4 bilhões.
Entre os destaques de captação, os fundos referenciados DI tiveram captação líquida de R$ 9,3 bilhões. No ano até setembro, essa modalidade também liderou as captações, com R$ 51,4 bilhões. No sentido oposto, a categoria renda fixa foi a que apresentou o maior resgate líquido em setembro, anotando a saída de R$ 3,4 bilhões.
O mesmo movimento é anotado no ano, com os fundos de renda fixa registrando resgate líquido de R$ 23,6 bilhões de janeiro a setembro.
"Influenciados pelo período eleitoral e pelo cenário internacional, os ativos de renda fixa de longo prazo e de renda variável interromperam a trajetória de valorização apresentada nos últimos meses e recuaram em setembro, com reflexos sobre a indústria de fundos", segundo a Anbima. A rentabilidade dos fundos de renda fixa ficou em 0,57% em setembro e de 8,39% no acumulado do ano.
Captações
As captações de renda fixa em setembro no mercado doméstico somaram R$ 4,655 bilhões, queda de 56% em relação a igual período de 2013. De janeiro a setembro, por outro lado, as captações de renda fixa no mercado local atingiram R$ 98,959 bilhões, aumento de 6% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Desse total, considerando as emissões de setembro, as debêntures corresponderam por R$ 2,57 bilhões, recuo de 55% na comparação com igual mês do ano passado. No ano as debêntures chegaram em R$ 46,67 bilhões, recuo de 7,8% em relação aos nove primeiros meses de 2013.
As debêntures,diz a Anbima, voltaram a se destacar no período, superando, assim, aqueles de prazos mais curtos, caso das notas promissórias, que somaram R$ 713 milhões em setembro, queda de 19% na relação anual.
"Contudo, a desaceleração das ofertas de debêntures no ano tem impactado negativamente o resultado das captações com títulos de dívida em 2014, e particularmente, o do terceiro trimestre (R$ 17 bilhões), que foi um dos mais baixos dos últimos sete anos", disse a Anbima.
Mercado externo
De acordo com a Anbima, as debêntures voltaram a se destacar no período, superando, assim, aqueles de prazos mais curtos, caso das notas promissórias, que somaram R$ 713 milhões em setembro, queda de 19% na relação anual.
"Contudo, a desaceleração das ofertas de debêntures no ano tem impactado negativamente o resultado das captações com títulos de dívida em 2014, e particularmente, o do terceiro trimestre (R$ 17 bilhões), que foi um dos mais baixos dos últimos sete anos".
No mercado internacional as emissões chegaram em US$ 3,21 bilhões, recuo de 5,6% em relação ao mesmo mês de 2013. No ano as emissões, que também somam as feitas via renda variável, chegou em US$ 44,254 bilhões, crescimento de 39% em relação ao visto no mesmo intervalo de 2013. Desse total registrado neste ano, US$ 43,128 bilhões foram captações de renda fixa.
Rentabilidade
Ainda em relação ao mês passado, a categoria que apresentou a melhor rentabilidade foi o Referenciado DI, com 0,92%, seguida de perto pelos fundos de Curto Prazo (0,90%). Já no ano até setembro, os Multimercados Trading apresentaram ganhos de 10,95% e os Multimercados estratégia específica, de +10,59%.