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Fundo soberano da Noruega perde US$ 113 bilhões no 1º trimestre

A queda trimestral foi mais forte do que os 10,3% que o fundo perdeu nos últimos três meses de 2008, no auge da crise financeira

Yngve Slyngstad: diretor-presidente do Norges Bank Investment Management (Odin Jaeger;/Bloomberg)

Yngve Slyngstad: diretor-presidente do Norges Bank Investment Management (Odin Jaeger;/Bloomberg)

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Guilherme Guilherme

Publicado em 2 de abril de 2020 às 18h40.

Última atualização em 2 de abril de 2020 às 19h36.

O fundo soberano da Noruega, o maior do mundo, perdeu um recorde de 1,17 trilhão de coroas (113 bilhões de dólares) no primeiro trimestre com o choque econômico causado pela pandemia de coronavírus, que levou a uma onda vendedora nos mercados acionários globais.

A perda ocorre em um momento histórico para o fundo, pois, pela primeira vez, em breve poderá ser necessário liquidar ativos para cobrir as medidas de gastos emergenciais da Noruega. Durante o primeiro trimestre, as retiradas do governo atingiram 67 bilhões de coroas. E esse número deverá crescer drasticamente em abril.

O fundo teve perda de 14,6% no primeiro trimestre. As ações se recuperaram nos últimos dias de março, quando o investidor foi avaliado em 10 trilhões de coroas (972 bilhões de dólares). Como resultado, o retorno não foi tão ruim quanto temido há apenas uma semana. A carteira de renda variável mostrou queda de 21,1%, enquanto os investimentos em renda fixa tiveram ganho de 1,3%.

A queda trimestral foi mais forte do que os 10,3% que o fundo perdeu nos últimos três meses de 2008, no auge da crise financeira. O retorno anual foi recorde no ano passado, segundo divulgado há apenas algumas semanas, o que mostra a velocidade com a qual a pandemia sacudiu os mercados.

“A situação do mercado é muito desafiadora”, disse Yngve Slyngstad, diretor-presidente do Norges Bank Investment Management. “No entanto, o fundo tem um horizonte de longo prazo.”

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