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Frigoríficos têm forte alta na bolsa. Entenda os motivos

Iniciativas na frente ambiental e menor oferta de frango na Ásia contribuem para alta do setor

Frigoríficos estão entre as maiores altas da bolsa nesta terça (SXC.Hu/Thinkstock)

Frigoríficos estão entre as maiores altas da bolsa nesta terça (SXC.Hu/Thinkstock)

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Guilherme Guilherme

Publicado em 22 de dezembro de 2020 às 16h00.

Última atualização em 22 de dezembro de 2020 às 17h55.

As ações dos principais frigoríficos do país figuram entre as maiores altas do Ibovespa nesta terça-feira, 22. Na ponta do índice, JBS (JBSS3), Marfrig (MRFG3) e Minerva (BEEF3) sobem mais de 3%, enquanto os papéis da BRF (BRFS3) avançam 1%. Já o índice alterna entre 0,6% e 0,4% de alta.

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Além da apreciação do dólar, que tende a beneficiar exportadoras, os frigoríficos têm sido beneficiados por dois fatores, segundo ressalta Henrique Esteter, analista da Guide Investimentos. Um deles é a gripe aviária no Japão, que reduz a oferta de aves na Ásia. O outro são as melhores práticas ambientais adotadas pelo setor.

“As companhias perceberam que havia algo errado [ambientalmente] e que precisavam atacar essa frente. Isso é extremamente importante para a retomada. Acredito que estamos vendo alguns players importantes começando a se posicionar no setor. O mundo sabia que essas empresas estavam baratas, mas tinham receio de colocar seus investimentos”, afirma.

Meses após a JBS entrar negativamente no foco de gestoras internacionais devido a questões ambientais, os avanços promovidos pela empresa receberam o reconhecimento da CDP, que elevou a nota no quesito mudanças climáticas de B para A-. BRF e Minerva aparecem com notas C nesse quesito.

Na tentativa de melhorar a imagem de como lidam com as questões ambientais, os gigantes do setor também lançaram iniciativas para controle de gados para evitar a aquisição de animais criados em áreas de desmatamento.

Entre os frigoríficos, somente a Marfrig acumula alta na bolsa neste ano, com 49% de valorização. Minerva, JBS e BRF têm perdas acumuladas de 18,3%, 7,71% e 37,39%, respectivamente.

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