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Frigoríficos caem na Bolsa com renegociação de contratos com a China

Renegociação de contratos com importadores da China pressionam papéis do setor

Pressão sobre papéis de frigoríficos é pontual, diz especialista (Chaiyaporn Baokaew/Getty Images)

Pressão sobre papéis de frigoríficos é pontual, diz especialista (Chaiyaporn Baokaew/Getty Images)

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Guilherme Guilherme

Publicado em 22 de janeiro de 2020 às 16h30.

São Paulo - Os frigoríficos lideravam as quedas da Bolsa nesta quarta-feira (22), com as ações da Marfrig recuando 5,59% na menor cotação do dia. A JBS também chegou a cair 4,02%, na mínima do dia. Fora do Ibovespa, a maior baixa do setor era dos papéis da Minerva, que chegaram a cair 6,57%.

A desvalorização das ações ocorre na esteira das renegociações dos contratos de exportações de carne para a China. De acordo com a informação publicada pelo Valor Econômico, desde dezembro, importadores chineses vêm impondo descontos de pelo menos 1 mil dólares por tonelada sobre cargas que já tinham chegado no país asiático ou estavam a caminho.

Nesse contexto, somente as ações da BRF, mais focada na cadeia produtiva de aves, operavam no azul nesta quarta. “O fato de a BRF não estar sofrendo com isso é porque a proteína que mais estamos exportando é a bovina”, disse Jefferson Laatus, estrategista-chefe do Grupo Laatus.

No ano passado, os frigoríficos passaram por forte valorização com o aumento da demanda por carne vermelha em razão da peste suína que devastou rebanhos da China e mudou toda a dinâmica do mercado.

Apesar da desvalorização acentuada nesta terça, Laatus afirma que essa maior pressão sobre os papéis do setor é pontual. “A longo prazo, isso não afeta tanto. O susto é mais momentâneo. O fato de o dólar estar caro dá uma amenizada”.

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