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'França já é tratada como triplo B', diz economista-chefe da S&P

A qualificação AAA do país está ameaçada, segundo a agência de classificação de risco

"Apesar de seu triplo A, os investidores hoje tratam a França como se tivesse uma qualificação triplo B", declarou o economista-chefe da Standard & Poor's, Jean-Michel Six (Jasper Juinen/Getty Images)

"Apesar de seu triplo A, os investidores hoje tratam a França como se tivesse uma qualificação triplo B", declarou o economista-chefe da Standard & Poor's, Jean-Michel Six (Jasper Juinen/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 6 de janeiro de 2012 às 05h14.

Paris - A França, cuja qualificação máxima 'AAA' de dívida soberana está ameaçada de revisão por parte das agências de classificação de risco, já é tratada como um país 'triplo B', assegurou o economista-chefe para a Europa da Standard & Poor's (S&P), Jean-Michel Six.

'Apesar de seu triplo A, os investidores hoje tratam a França como se tivesse uma qualificação triplo B', declara nesta sexta-feira no diário 'Le Parisien' o economista, que antecipa que a eventual vitória da esquerda nas eleições presidenciais deste ano não influirá decisivamente na avaliação do país.

Tanto Six como Carol Sirou, presidente da S&P France, evitam no diário adiantar se a agência irá rebaixar a qualificação da França, mas advertem que não é só este país que está sob vigilância, e sim todas 'as 17 nações da zona do euro'.

Sirou qualifica de 'ilusões' os comentários dos que consideram que, caso seja rebaixada a qualificação da França, isso poderia ser identificado como o resultado de um 'complô americano' ou como uma 'sabotagem europeia'.

Six, por sua parte, lembra que não existe uma relação automática entre a qualificação de um país e as taxas de juros reivindicadas pelos investidores para sua dívida soberana.

Sobre a personalidade do próximo presidente da França, a partir de maio deste ano, Sirou assegura que o que será levado em conta 'é se a equipe no poder conta com os meios para cumprir sua estratégia'.

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