Agenda começa com eleição presidencial brasileira, que deve afetar pouco os mercados (.)
Da Redação
Publicado em 1 de outubro de 2010 às 18h24.
São Paulo - A primeira semana de outubro marca o retorno da atenção dos mercados à questão europeia, anteriormente substituída pelo acompanhamento da recuperação da economia americana. As notícias de rebaixamento no rating da Espanha e dos problemas em Portugal e Irlanda nos últimos dias direcionam novamente os olhares para os indicadores do velho continente.
A agenda da região tem como destaque o PIB europeu do segundo trimestre às seis da manhã da quarta-feira (6). A expectativa é de alta de 1% na comparação trimestral, diz o economista Guilherme Meira, da corretora Renascença. O cronograma prevê ainda a confiança do investidor para o mês de outubro na segunda-feira (4), às 06h30; vendas no varejo às 6 da manhã da terça-feira (5) e a taxa de juros da Zona do Euro na quinta-feira (7) às 08h45. A expectativa é de manutenção dos juros baixos. "Não há indicativos de alteração na taxa de juros para a região, já é consenso no mercado", diz Meira.
Eleição não afetará mercados
No Brasil, a semana é marcada por uma agenda esvaziada de grandes indicadores. O ponto alto é a culminância da agenda política do país, com o resultado do primeiro turno das eleições presidenciais na segunda-feira (4). Segundo o chefe de análise de renda variável da Petra, João Luis Piccioni, o impacto da decisão eleitoral nos mercados deve ser mínimo. "Não apenas pelo resultado já delineado, mas diante da concordância dos dois maiores candidatos em manter a política econômica no geral", explica o analista.
Outro destaque da agenda interna é a divulgação do IPCA de setembro na quinta-feira (7). A expectativa para a Petra é de valorização. "Esperamos elevação de 0,48% em relação ao resultado anterior, de 0,04%". Por fim, Piccioni destaca os números do setor de trabalho americano, divulgados na sexta-feira (8). A taxa de desemprego será divulgada às 9h30 de Brasília e tem expectativa de leve aceleração, de 9,6% em agosto para 9,7% em setembro, segundo o portal Briefing.com.
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