A moeda dos Estados Unidos se depreciou 0,30% (Mark Wilson/Getty images)
Da Redação
Publicado em 31 de outubro de 2011 às 16h30.
São Paulo - Uma megacompra de dólares pelo governo do Japão hoje e a volta das preocupações com a dívida da Itália em meio a indicadores fracos na zona do euro deram sustentação ao avanço de preços da moeda norte-americana. Contudo, na primeira parte dos negócios, a subida da divisa norte-americana por aqui foi limitada pela rolagem de contratos futuros de câmbio e os interesses envolvidos na formação da taxa Ptax de fim de mês. Como neste vencimento de contratos futuros os investidores estrangeiros estavam posicionados principalmente na ponta de venda de dólar (porque apostaram no recuo da moeda), eles operaram para conter a valorização da divisa dos Estados Unidos. O esforço teve êxito pelo menos em relação à Ptax, que terminou em queda.
O dólar à vista, no entanto, encerrou em alta de 0,83%, a R$ 1,6940 no balcão. Na BM&F, o dólar pronto subiu 0,73%, para R$ 1,6926. Com a pressão dos investidores vendidos em dólar na primeira parte dos negócios, a Ptax encerrou em queda de 0,59%, cotada a R$ 1,6885 na venda. Essa taxa será usada amanhã para a liquidação do dólar novembro de 2011 e também para os ajustes dos vencimentos de swap cambial e swap cambial reverso. Passada a definição dessa Ptax no início da tarde, o dólar à vista renovou a máxima, de R$ 1,6980 (+1,07%), alinhando-se ao exterior, mas depois desacelerou.
No começo do dia, estima-se que o Ministério das Finanças do Japão tenha gasto entre 5 trilhões de ienes e 7,5 trilhões de ienes (de US$ 60 bilhões a US$ 80 bilhões) para comprar dólares, após a divisa dos EUA cair para a mínima recorde de 75,31 ienes no início da sessão na Ásia. A compra levou a moeda norte-americana a subir a 78,95 ienes, de cerca de 75,65 ienes antes da medida.