Nova York - As bolsas norte-americanas devem iniciar o pregão desta quarta-feira em alta, sinalizam os índices futuros.

Apesar dos problemas no Chipre, a maior expectativa do dia nos Estados Unidos é para a reunião do Comitê Federal do Mercado Aberto (Fomc) do Federal Reserve e as declarações de Ben Bernanke em seguida.

Às 10h15 (de Brasília), o Dow Jones futuro subia 0,48%, o Nasdaq ganhava 0,71% e o S&P 500 tinha alta de 0,52%.

A expectativa dos economistas de Wall Street é de que o Fomc deixe os juros dos EUA inalterados e mantenha a política de compra de ativos a um ritmo de US$ 85 bilhões por mês.

Por esse motivo, o interesse maior é no que Bernanke, presidente do Fed, vai falar após a reunião e o que ele pode sinalizar sobre o ritmo futuro das compras de ativos, efeitos dos cortes de gastos públicos na economia e até da crise no Chipre após a rejeição pelo Parlamento do pacote de ajuda da União Europeia na terça-feira (18). A entrevista deve começar às 15h30 (pelo horário de Brasília).

Após a reunião, o Fed vai divulgar projeções para a economia norte-americana. Os especialistas esperam que o Fed aumente ligeiramente a previsão de expansão do Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA. Em dezembro, a projeção era de expansão em 2013 entre 2,8% e 3,2%.

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Na avaliação da equipe de economistas da gestora Standard Life Investments, os sinais de recuperação da economia norte-americana são claros, como pode ser visto nas estatísticas de fevereiro, mas ainda não são suficientes para deixar claro que a retomada do crescimento é duradoura, principalmente em meio ao corte de gastos públicos que entrou em vigor em março.

Por esse motivo, os dirigentes do Fed vão esperar por números que sugerem uma recuperação mais sustentável antes de mudar a política monetária.

No noticiário corporativo, algumas grandes empresas anunciam resultados trimestrais, como FedEx, Oracle e General Mills. No pré-mercado, o papel da FedEx tinha queda de quase 4% após a empresa divulgar redução no lucro e previsões de resultado para 2013 abaixo do esperado por analistas.

Em uma nota à imprensa, o presidente da companhia, Frederick Smith, destaca que o trimestre foi desafiador, com envios internacionais fracos e consumidores procurando opções mais baratas de remessas.

Já a companhia aérea JetBlue Airways, do investidor David Neeleman, também dono da Azul Linhas Aéreas, faz reunião fechada com analistas e investidores. Relatórios de bancos recomendam atenção ao papel, que pode mexer ao longo do dia com eventuais declarações e projeções dos executivos da empresa.