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Focus revê para baixo câmbio em 2014

Com alteração no relatório de mercado Focus, a projeção mediana para o câmbio médio deste ano foi reduzida de R$ 2,29 para R$ 2,28


	O mercado financeiro também voltou a diminuir a previsão para o déficit em transações correntes
 (Rafael Neddermeyer/ Fotos Públicas)

O mercado financeiro também voltou a diminuir a previsão para o déficit em transações correntes (Rafael Neddermeyer/ Fotos Públicas)

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Da Redação

Publicado em 8 de setembro de 2014 às 10h33.

Brasília - Parada há seis semanas em R$ 2,35, a cotação para o câmbio de 2014 recuou para R$ 2,33 no relatório de mercado Focus, divulgado nesta segunda-feira, 08, pelo Banco Central. Com essa alteração, a projeção mediana para o câmbio médio deste ano foi reduzida de R$ 2,29 para R$ 2,28.

Para o ano que vem, os analistas também mexeram em suas planilhas, mas com menor intensidade: a perspectiva de que o dólar encerraria 2015 em R$ 2,50 foi ajustada para R$ 2,49.

A mudança pequena não foi suficiente para gerar alteração na mediana das estimativas para o câmbio médio do próximo ano, que está em R$ 2,44 há quatro semanas.

Déficit em conta corrente

O mercado financeiro voltou a diminuir a previsão para o déficit em transações correntes em 2014, que estava em US$ 81,80 bilhões na semana passada.

A mediana das estimativas ficou em US$ 81,20 bilhões, mesmo nível de um mês atrás. Para 2015, houve manutenção da mediana em um patamar negativo de US$ 75,00 bilhões, como na semana passada e também um mês atrás.

Para esses analistas, no entanto, o ingresso de Investimento Estrangeiro Direto (IED) será insuficiente para cobrir o rombo, já que a mediana das previsões para esse indicador de 2014 segue em US$ 60,00 bilhões há 22 semanas. Para 2015, a previsão mediana voltou a subir, passando de US$ 55,00 bilhões, patamar também verificado um mês antes, para US$ 56 bilhões.

Na mesma pesquisa, os economistas aumentaram a estimativa de superávit comercial em 2014 de US$ 2,17 bilhões para US$ 2,41 bilhões. Um mês antes, a mediana era de US$ 2,00 bilhões. Para 2015, a projeção subiu de US$ 8 bilhões para US$ 8,50 bilhões - quatro semanas atrás estava em US$ 9 bilhões.

IGP-DI

Os principais indicadores de inflação no atacado mostraram tendências divergentes na pesquisa. A projeção para o Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI) em 2014 passou de 3,65% para 3,80%. Já o Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) ficou estacionado em 3,81% do levantamento anterior para o atual. Quatro semanas atrás, o mercado previa para 2014 altas de 3,98% para o IGP-DI e de 4,05% para o IGP-M.

Já para 2015, a projeção para o IGP-DI recuou de 5,53% para 5,52%. Um mês atrás estava em 5,50%. Já a previsão para o IGP-M no próximo ano subiu de 5,54 para 5,58%.

A pesquisa também mostrou que a previsão para o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), em 2014, mostrou leve recuo ao sair de 5,52% para 5,50%. Há um mês, a expectativa estava em 5,39% para o índice que mede a inflação ao consumidor em São Paulo. Para 2015, no entanto, a projeção foi mantida em 5,25%. Um mês antes a expectativa era de 5,08%.

Analistas consultados pela Focus estão atrás de um patamar ideal de previsões para o comportamento dos preços administrados. Nas últimas semanas, a mediana das expectativas subiu e desceu, rodando sempre em torno de 5% para este ano.

Na Focus de hoje, a mediana das projeções voltou a subir de 5,05% para 5,10%, mesma taxa vista um mês atrás. No caso de 2015, a taxa permaneceu em 7,00% - patamar visto nas últimas quatro semanas.

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