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Fitch vê perda para Eletrobrás com pacote de energia

Segundo a agência de classificação de risco, a proposta é negativa para a Eletrobrás e entre neutra e negativa para outras companhias afetadas


	Na opinião da Fitch, o pagamento pode não ser suficiente para a Eletrobrás ajustar sua estrutura de capital 
 (Wikimedia Commons)

Na opinião da Fitch, o pagamento pode não ser suficiente para a Eletrobrás ajustar sua estrutura de capital  (Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 9 de novembro de 2012 às 12h39.

São Paulo - A proposta do governo de renovação das concessões do setor elétrico que vencem a partir de 2015 terá impactos variados para as empresas, de acordo com a Fitch Ratings. Segundo a agência de classificação de risco, a proposta é negativa para a Eletrobrás e entre neutra e negativa para outras companhias afetadas.

O governo oferece indenização para as empresas cujas concessões vencem entre 2015 e 2017. A compensação é para as que decidirem renovar antes as concessões, em 2013, e a proposta envolve também tarifas mais baixas.

Na opinião da Fitch, o pagamento pode não ser suficiente para a Eletrobrás ajustar sua estrutura de capital a um nível que ainda continue alinhado à qualidade de crédito da empresa.

Outras companhias podem utilizar a indenização para pagar dívidas e manter estruturas de capital equilibradas.

A proposta do governo para receitas de geração e transmissão reduziria significativamente a geração de caixa da Eletrobrás e da Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista (Cteep), segundo a Fitch. No caso da Copel, poderá haver uma queda entre 10% e 15% no Ebitda a partir de janeiro de 2013 se a empresa aceitar os termos do governo.

Segundo a Fitch, a Cemig também sofrerá uma redução de 10% a 15% no Ebitda se aceitar a proposta do governo. Essa redução se aproximará de 30% após 2015, já que a Cemig tem três importantes usinas hidrelétricas cujas concessões vencem nesse período e não serão renovadas. 


 

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