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Fitch rebaixa rating da Argentina para default restrito

Segundo a agência, rebaixamento reflete visão de que a economia argentina vai sofrer com a maior incerteza e volatilidade financeira que se segue ao default

Grafite critica "fundos abutres": teto-país da Argentina foi rebaixado de B- para CCC (Marcos Brindicci/Reuters)

Grafite critica "fundos abutres": teto-país da Argentina foi rebaixado de B- para CCC (Marcos Brindicci/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 31 de julho de 2014 às 17h40.

São Paulo - A agência de classificação de risco Fitch Ratings rebaixou o rating soberano da Argentina de CC para RD, ou "default restrito", após o país não ter sido capaz de realizar o pagamento dos juros de bônus discounts emitidos sob lei estrangeira no vencimento em 30 de julho.

"Segundo os critérios da Fitch, isso constitui um default", afirmou a agência, em relatório.

O teto-país da Argentina foi rebaixado de B- para CCC.

De acordo com a Fitch, o rebaixamento reflete a visão de que a economia argentina vai sofrer com a maior incerteza e volatilidade financeira que se segue ao default, especialmente se a duração da moratória for imprevisível.

"A economia argentina já está em recessão e isso deve se agravar na medida em que o default afeta a confiança e potencialmente restringe os fluxos estrangeiros ao país, provocando volatilidade cambial", apontou.

A agência ressaltou que a retomada do pagamento das dívidas deve levar a uma elevação do rating soberano e que, quando isso ocorrer, a Fitch vai revisar todos os ratings da Argentina e fazer uma avaliação baseada na capacidade do país de cumprir suas obrigações, além de seus fundamentos econômicos e riscos remanescentes de litígio.

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