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Fitch diz que venda pode ter reflexo no rating da EDP

A agência afirmou que a operação pode ser positiva para a avaliação da companhia se fornecer acesso adicional a liquidez

A Fitch diz acreditar que a EDP tem liquidez suficiente, incluindo linhas bancárias e notes de curto prazo, para 2012, mas vai precisar de um refinanciamento para 2013 (Miguel Medina/AFP)

A Fitch diz acreditar que a EDP tem liquidez suficiente, incluindo linhas bancárias e notes de curto prazo, para 2012, mas vai precisar de um refinanciamento para 2013 (Miguel Medina/AFP)

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Da Redação

Publicado em 21 de janeiro de 2012 às 13h41.

São Paulo - A agência de classificação de risco Fitch afirmou hoje que a venda da fatia de 21% do governo de Portugal na EDP pode ser positiva para o rating da companhia se fornecer acesso adicional a liquidez. A não ser por isso, o impacto da venda deve ser basicamente neutro para o rating.

"Como a atual participação do governo português não está explicitamente computada no nosso rating, a venda em si deve ser neutra para o rating. É altamente improvável, sob a nossa metodologia, que nós incluamos um suporte explícito para qualquer outro proprietário de uma fatia de tamanho similar", diz o relatório. O atual rating da companhia é BBB+, três graus acima da nota soberana de Portugal.

A Fitch diz acreditar que a EDP tem liquidez suficiente, incluindo linhas bancárias e notes de curto prazo, para 2012, mas vai precisar de um refinanciamento para 2013, quando vencem dívidas no valor de 2,6 bilhões de euros.

Quatro competidores estão na disputa pela fatia do governo português na EDP: as brasileiras Cemig e Eletrobras, a alemã E.ON e a chinesa Three Gorges. Ontem fontes afirmaram que a Three Gorges fez a melhor oferta pela participação de 21% e que a proposta mais baixa coube à E.ON. As propostas teriam variado de 2,3 bilhões de euros a 2,7 bilhões de euros.

Outra fonte afirmou que o governo de Portugal deve escolher o vencer até o fim do mês, provavelmente na próxima semana.

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