Sede da Fitch Ratings: para o Indusval (BI&P), agência afirmou todos os ratings, sendo BBB (bra) no rating nacional de longo prazo, com perspectiva estável, e F3(bra) no curto prazo (Brendan McDermid/Reuters)
Da Redação
Publicado em 5 de setembro de 2013 às 15h33.
São Paulo - A Fitch concluiu a revisão dos ratings de quatro bancos brasileiros de pequeno e médio porte, que possuem ativos entre R$ 1 bilhão e R$ 10 bilhões.
Segundo a agência, apesar das características distintas de Indusval, Fibra, Banco Industrial do Brasil (BIB) e Banco Triângulo (Tribanco), as instituições possuem práticas adequadas de gestão de ativos e passivos, sólida administração e boa liquidez.
Para o Indusval (BI&P), a agência afirmou todos os ratings, sendo BBB (bra) no rating nacional de longo prazo, com perspectiva estável, e F3(bra) no curto prazo. O mesmo ocorre com o Fibra, que manteve as notas BBB+(bra), com perspectiva negativa, e F2(bra).
O BIB teve rating nacional de longo prazo elevado de A-(bra) para A(bra), com perspectiva estável, e o rating nacional de curto prazo de F2(bra) para F1(bra). O Tribanco também teve alta no rating nacional de longo prazo, de BBB+(bra) para A-(bra), com perspectiva estável.
No que se refere aos ratings do Indusval, a Fitch justifica que reflete a iniciativa do banco em reconhecer os créditos problemáticos, assim como o aumento de sua capitalização, que resultará em melhora de seus índices de capital e de liquidez, deixando o banco melhor posicionado para desenvolver suas operações. "O foco em grandes empresas, com melhor qualidade de crédito e menos volatilidade, deverá trazer resultados positivos, apesar de modestos, a partir do segundo semestre de 2013", avaliou a agência.
Apesar de o Fibra permanecer com os ratings, a Fitch considera uma perspectiva negativa por conta "de o banco apresentar desempenho inferior às expectativas da Fitch, em comparação com os pares classificados na mesma categoria de rating.
Isto se reflete principalmente em seus apertados índices de capitalização e nos resultados operacionais negativos, atribuídos às reduzidas margens, grandes despesas de crédito e falta de uma expansão lucrativa em suas operações de varejo (créditos consignados, financiamentos de veículos e crédito direto ao consumo do varejo, todos sendo atualmente descontinuados)", justificou a Fitch, em relatório.
O foco do BIB em negócios de pequeno e médio porte, a qualidade dos ativos "historicamente" sólida, a liquidez e baixo risco de crédito justificam a alta do rating da instituição financeira pela Fitch. "Por outro lado, estes fatores são limitados pelo pequeno porte do banco, por sua lucratividade relativamente baixa e por concentrações de ativos e passivos inerentes ao modelo de seu negócio."
O Tribanco, por sua vez, é considerado pela agência de classificação de risco parte estrategicamente importante do grupo Martins, principalmente pelas operações na rede de clientes do grupo.
"A elevação do rating nacional de longo prazo do Tribanco, que está um grau abaixo da classificação da Martins, reflete a opinião da Fitch de que o banco é estrategicamente importante para as operações da companhia e responde por grande parte dos ativos, patrimônio e resultados do grupo."