Ouro: metal acumula alta de 55% em 2025 (OsakaWayne Studios/Getty Images)
Repórter
Publicado em 22 de outubro de 2025 às 18h30.
Última atualização em 22 de outubro de 2025 às 18h39.
O preço do ouro continuou a cair nesta quarta-feira, 22, e chegou a menos US$ 4.020 a onça-troy. O contrato mais líquido do metal, no mercado futuro da Comex, fechou em US$ 4,065. Essa cotação representa uma queda de mais de 6% em relação à máxima de US$ 4.398, alcançada no começo desta semana.
Ainda assim, a commodity está em alta de mais de 55% neste ano. Os preços dispararam diante da tensão geopolítica, incerteza econômica e expectativa de corte de juros pelo Federal Reserve (Fed, o banco central americano).
“Dado o movimento agressivo de alta nas últimas semanas, não nos surpreende ver um pouco de realização de lucros antes da divulgação do CPI (índice de preços ao consumidor) na sexta-feira”, disse David Meger, diretor de negociações de metais da High Ridge Futures, em entrevista à Reuters.
Analistas consultados pela agência esperam que o CPI mostre que a inflação permaneceu em 3,1% em setembro, reforçando a aposta de que o Fed corte os juros em 0,25 ponto percentual na reunião da próxima semana. Como não gera rendimentos, o ouro costuma se beneficiar de ambientes de juros mais baixos.
A Bloomberg também destaca que os avanços nas negociações entre Estados Unidos e China também podem ter influenciado o preço do ativo.
A ausência do relatório semanal da Commodity Futures Trading Commission, que não está sendo publicado devido à paralisação do governo americano, também deixa os investidores sem ferramentas para monitorar as alocações nos mercados futuros de ouro e prata.
O Citigroup reduziu sua recomendação de compra para o metal precioso após a forte queda de terça-feira, citando preocupações com posições excessivamente alavancadas no mercado.
Em relatório, o banco afirmou esperar um período de consolidação do metal em torno de US$ 4 mil a onça-troy nas próximas semanas. Os analistas destacaram que a tese de alta com base na demanda de bancos centrais para diversificação em relação ao dólar americano “pode voltar”, mas que, nos níveis atuais, “não há pressa para se posicionar".