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Fibria fecha venda de R$ 1,44 bi em novas ações ordinárias

Empresa quer reduzir seu endividamento com oferta de ações

A empresa fechou a venda de 91,2 milhões de novas ações ordinárias (Divulgação)

A empresa fechou a venda de 91,2 milhões de novas ações ordinárias (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 24 de abril de 2012 às 21h17.

São Paulo - A Fibria Celulose SA, líder mundial do setor, vai levantar R$ 1,44 bilhão com uma oferta global de ações para reduzir seu endividamento.

A empresa fechou a venda de 91,2 milhões de novas ações ordinárias, incluindo o lote suplementar, a R$ 15,83 cada, segundo comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários. O valor representa um desconto de 1,1 por cento sobre o fechamento de hoje dos papéis. As novas ações começam a ser negociadas em 26 de abril.

A Fibria, criada com o resgate da Aracruz Celulose SA pela Votorantim Celulose & Papel SA após a Aracruz ter tido perdas de cerca de US$ 3 bilhões com derivativos, já levantou US$ 7,1 bilhões em captações, empréstimos e vendas de ativos desde a transação que lhe deu origem em 2009. Em dezembro, bancos permitiram que a Fibria ultrapasse os limites de endividamento sem ser penalizada, como parte da alteração das cláusulas contratuais de um empréstimo de R$ 2,5 bilhões. O acordo foi fechado depois que a alta do dólar elevou a dívida da empresa em moeda estrangeira.

O endividamento da fabricante de celulose subiu no fim do ano passado para 4,8 vezes o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, ou Ebitda. Foi o maior nível em 21 meses. O aumento aconteceu depois da desvalorização de 16 por cento do real no segundo semestre de 2011.

Recursos

Os recursos da oferta de ações da Fibria serão usados para reforçar a posição de caixa e pagar dívida, disse a empresa em 10 de abril.

O acordo da companhia com bancos em dezembro aumentou o limite de endividamento para 5,5 vezes o Ebitda no fim do primeiro trimestre e para 5,25 vezes no fim do segundo. A Fibria não divulgou os limites anteriores.

As ações da Fibria fecharam hoje em alta de 6,7 por cento, a R$ 16. Os papéis acumulam uma valorização de 15 por cento este ano.

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