Entregas da FedEx nos Estados Unidos (Brittainy Newman/The New York Times)
Guilherme Guilherme
Publicado em 16 de setembro de 2022 às 08h27.
Última atualização em 16 de setembro de 2022 às 17h29.
O plano de sobrevivência anunciado pela FedEx para enfrentar próximos trimestres soaram o alerta do mercado para o que será do futuro da maior economia do mundo. As ações da companhia, uma das gigantes do setor de logística americano, desabaram 21,4% nesta sexta-feira, 16, em reação às medidas divulgadas após o fechamento do último pregão.
Em documento enviado à SEC na véspera, o CEO da FedEx, Raj Subramaniam, admitiu que o resultado no trimestre findo em agosto saiu abaixo de suas expectativas e afirmou que está focado no corte de custos para enfrentar a piora esperado do cenário macroeconômico.
Os números preliminares divulgados pela FedEx apontaram para queda de 16% no lucro líquido por ação frente ao mesmo período do ano passado para US$ 3,44
"Os volumes globais caíram à medida que as tendências macroeconômicas pioraram significativamente no final do trimestre, tanto internacionalmente quanto nos Estados Unidos" afirmou.
O desempenho, resumiu Subramaniam, foi "decepcionante". "Estamos acelerando agressivamente os esforços de redução de custos e avaliando medidas adicionais para aumentar a produtividade, reduzir custos variáveis e implementar iniciativas estruturais de redução de custos", disse.
Entre as medidas anunciadas pela direção estão a redução da frequência de voos, das horas trabalhadas por funcionário e das operações aos domingos. A FedEx também anunciou o fechamento de mais de 90 escritórios e adiamento da contratação de funcionários.
Apesar das mudanças, as expectativas da companhia são pessimistas para os próximos trimestres.