Redatora
Publicado em 4 de junho de 2025 às 08h34.
O Federal Reserve (Fed) retirou, nesta terça-feira, 3, uma das sanções mais severas já aplicadas a um banco nos Estados Unidos. A medida, que foi imposta em 2018 ao Wells Fargo, limitava o crescimento da instituição devido a uma série de escândalos de má conduta. De acordo com o Fed, a decisão reflete as melhorias na governança interna, no gerenciamento de riscos e na supervisão do banco.
A sanção, que impedia o aumento de ativos do Wells Fargo, foi estabelecida após a revelação de práticas fraudulentas, incluindo a criação de contas bancárias sem o consentimento dos clientes em 2016. Além disso, outras falhas, como execuções hipotecárias indevidas e retomadas de veículos, também vieram à tona. Em resposta, o banco pagou bilhões de dólares em multas e reembolsos aos consumidores afetados.
Agora, com a retirada da restrição, o Wells Fargo, que estava limitado em sua capacidade de expansão, poderá aumentar suas operações, expandir sua base de depósitos e até considerar novas aquisições. A decisão foi comemorada pelo CEO Charles W. Scharf, que assumiu a liderança em 2019 após a saída de executivos devido aos escândalos. Em celebração, o banco anunciou um prêmio de US$ 2 mil em ações para a maioria dos seus 215 mil funcionários em tempo integral.
Durante os sete anos sob a penalidade, o Wells Fargo perdeu a terceira posição no ranking dos maiores bancos dos EUA, caindo para a quarta posição, com ativos de aproximadamente US$ 1,9 trilhão. Após o anúncio do Fed, as ações do banco subiram cerca de 3,7% no after market.
Embora o Wells Fargo tenha sido o primeiro a sofrer essa punição, o TD Bank também enfrentou uma sanção semelhante em 2023, após violar leis contra lavagem de dinheiro. Analistas apontam que a retirada da penalidade do Wells Fargo não só indica progresso na recuperação da instituição, mas também reflete uma postura mais favorável do Fed em relação aos bancos.