Fed: comunicado traz sinalização de que corte de juros ainda está distante (Stefani Reynolds/Getty Images)
Repórter Exame IN
Publicado em 1 de maio de 2024 às 15h18.
Última atualização em 1 de maio de 2024 às 15h27.
O Federal Reserve (Fed) manteve a taxa de juro inalterada entre 5,25% e 5,5% em decisão desta quarta-feira, 01. No início do ano, investidores chegaram a precificar mais de 70% de chance de o Fed iniciar o ciclo de corte de juros ainda na reunião de março, o que não aconteceu.
Esse é o patamar mais alto de juros desde 2001 e a indicação é de que mudanças não devem acontecer tão cedo. "Não será apropriado cortar juros até haver uma maior confiança de que inflação está convergindo para meta", antecipou o comunicado.
A equipe do banco central americano voltou a citar o "ritmo sólido" da atividade econômica, bem como a permanência dos ganhos de emprego e a taxa de desemprego ainda baixa.
A inflação diminuiu ao longo do último ano, mas permanece elevada, segundo o comunicado da autoridade monetária. "Nos últimos meses, houve uma falta de progresso adicional em direção ao objetivo de inflação de 2%", diz o texto.
O Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) avalia que os riscos para alcançar seus objetivos de emprego e inflação se movimentaram em direção a um equilíbrio melhor ao longo do último ano. "O panorama econômico é incerto, e o Comitê permanece altamente atento aos riscos inflacionários."
O Fed anunciou medidas para reduzir ritmo de compras de títulos do balanço. "A partir de junho, diminuiremos ritmo mensal de redução do balanço de US$ 60 bilhões para US$ 25 bilhões. Manteremos teto de resgate mensal de títulos e hipotecas em US$ 35 bilhões", diz o comunicado.
Às 15h15, pouco após o anúncio, o S&P 500 recuava 0,13% e o índice Dow Jones continuava em alta de (0,42%).