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Fed, Apple, Bradesco e mudança de perspectiva do Brasil pela Moody's: os assunto que movem o mercado

Além dos balanços de Apple e Bradesco, Weg, EzTec, Iguatemi, Gerdau e Metalpurgica Gerdau também divulgam seus números

Radar: mercado reage à decisão da política monetária dos EUA (SAUL LOEB/AFP//Getty Images)

Radar: mercado reage à decisão da política monetária dos EUA (SAUL LOEB/AFP//Getty Images)

Rebecca Crepaldi
Rebecca Crepaldi

Repórter de finanças

Publicado em 2 de maio de 2024 às 08h39.

Os mercados internacionais operam majoritariamente em alta nesta quinta-feira, 2, após o presidente do Federal Reserve (Fed, banco central dos Estados Unidos), Jerome Powell, descartar a hipótese de um aumento de juros por lá. Na Europa e nos Estados Unidos, os índices futuros sobem. Já as bolsas asiáticas fecharam sem direção única. Hoje, o Brasil é a exceção. No pré-mercado, por volta das 8h15, o Ibovespa futuro caía 1,08%.

Fed mantém juros

O Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) se reuniu nesta quarta-feira, 1, nos Estados Unidos para decidir a nova política monetária. O Federal Reserve manteve a taxa de juro inalterada entre 5,25% e 5,5%. Entretanto, apesar do corte de juros não ter iniciado, Powell, em discurso, afastou a possibilidade de um aumento nos juros neste ano, o que animou investidores.

Nesta quinta, saem os dados de pedidos semanais de seguro desemprego. Já nesta sexta, há a divulgação do payroll (taxa de desemprego) nos Estados Unidos, que é equivalente ao nosso Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e serve como termômetro sobre a economia local.

Moody’s ajusta para ‘positiva’ perspectiva do Brasil

Investidores também repercutem a mudança da nota de crédito do Brasil pela agência de classificação de riscos Moody's. A agência reiterou que a nota permanece em Ba2, porém ajustou a perspectiva da economia brasileira de estável para positiva. Esta é a primeira alteração desde 2018, quando a perspectiva foi modificada de negativa para estável.

Segundo a Moody’s, as projeções de crescimento do Brasil são mais sólidas do que nos anos anteriores à pandemia. Isso é respaldado pela implementação de reformas estruturais em diferentes gestões, além da presença de barreiras institucionais que diminuem a incerteza em relação à direção política futura.

"A mudança da perspectiva para positiva é sustentada pela avaliação da Moody's de que um crescimento mais robusto, combinado com um progresso contínuo, embora gradual, em direção à consolidação fiscal, pode permitir a estabilização da carga da dívida do Brasil. Contudo, existem riscos para a execução por parte do governo da consolidação fiscal contínua", informou a agência.

Balanços

Na temporada de balanços, o mercado aguarda a divulgação dos números do primeiro trimestre de 2024 da Apple, nos Estados Unidos, que devem sair após o fechamento de mercado. Por aqui, pós-pregão, Gerdau (GGBR4), Metalúrgica (GOAU4), Iguatemi (IGTI11), Weg (WEGE3) e EzTec (EZTC3) divulgam seus números.

Agora pela manhã, foi a vez do Bradesco (BBDC4). O banco encerrou o 1T24 com lucro líquido recorrente de R$ 4,211 bilhões, um resultado 1,6% menor que o do mesmo intervalo do ano passado, mas que veio 46,3% acima do registrado no quarto trimestre de 2023. De acordo com o banco, a melhoria trimestral foi fruto da queda das despesas com provisões com inadimplência e dos resultados da Bradesco Seguros. Por outro lado, a margem financeira ainda pressionada impediu uma melhoria mais forte dos números.

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