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Febre da Copa do Mundo vem aí e traders buscam alívio no mercado

Pode haver uma esperança à vista para os traders que estão se recuperando das recentes quedas do mercado e ela surge de uma fonte inesperada -- a Rússia.

Copa: a volatilidade do mercado registrou quedas em junho nos últimos quatro anos (Damir Sagolj/Reuters/Reuters)

Copa: a volatilidade do mercado registrou quedas em junho nos últimos quatro anos (Damir Sagolj/Reuters/Reuters)

Karla Mamona

Karla Mamona

Publicado em 2 de junho de 2018 às 08h15.

Última atualização em 2 de junho de 2018 às 08h16.

(Bloomberg) -- Pode haver uma esperança à vista para os traders que estão se recuperando das recentes quedas do mercado e ela surge de uma fonte inesperada -- a Rússia.

Entre os fãs do futebol, se diz que a calmaria do verão boreal nos mercados começa cedo quando tem Copa do Mundo. Uma análise de dados históricos sobre volatilidade sugere que talvez eles tenham razão.

Como o futebol é o esporte mais popular do planeta, a Copa do Mundo, realizada uma vez a cada quatro anos, é um dos eventos mais importantes do calendário mundial -- uma ocasião que, em teoria, é global o suficiente para disputar a atenção dos traders e, como resultado, suavizar as oscilações dos preços.

"Nada como uma Copa do Mundo para que as pessoas fiquem completamente distraídas", disse Greg Saichin, investidor em títulos da Allianz Global Investors em Londres. "Esperamos que a volatilidade caia e que possamos conseguir um desempenho acima da média durante cinco semanas."

De fato, em quatro das últimas cinco Copas do Mundo, a volatilidade do mercado registrou quedas em junho, de acordo com uma análise da Bloomberg. As quedas foram maiores quando o torneio foi realizado na Europa, onde os jogos ocorriam em horários comerciais mais movimentados, e a volatilidade aumentou em 2002, quando a competição foi realizada na Ásia.

O evento deste ano será na Rússia, de 15 de junho a 15 de julho, e contará com seleções de 32 países.

Os declínios de volatilidade são pequenos, o que sugere que os investidores talvez não dediquem toda a atenção ao campeonato. Os estraga-prazeres dirão que os volumes de negociação não mostram quedas similares, e por isso não respaldam a tendência esperada.

Ainda assim, a boa notícia é que a maioria das seleções participantes provém da Europa e dos mercados emergentes, o que sugere que os traders das fontes das recentes oscilações do mercado podem se distrair.

A má notícia é que os EUA, a China e a Coreia do Norte não participarão.

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