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Fator Síria deve levar Bovespa a se recuperar

O noticiário mais tranquilizador sobre OGX e o crescimento maior do que o esperado da economia norte-americana também tendem a atenuar a pressão


	Bovespa:  às 10h05, o Ibovespa subia 0,34% e recuperava o patamar dos 50 mil pontos
 (BM&FBovespa/Divulgação)

Bovespa:  às 10h05, o Ibovespa subia 0,34% e recuperava o patamar dos 50 mil pontos (BM&FBovespa/Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 29 de agosto de 2013 às 10h38.

São Paulo - O dia é de alívio nos mercados internacionais, com a suavização das preocupações sobre uma intervenção militar ocidental na Síria, o que abre espaço para uma recuperação da Bovespa, após três dias seguidos de perdas. O noticiário mais tranquilizador sobre OGX também tende a atenuar a pressão vendedora, mas é o crescimento maior do que o esperado da economia norte-americana no trimestre passado que deve definir a direção dos negócios com risco nesta quinta-feira, 29. Às 10h05, o Ibovespa subia 0,34% e recuperava o patamar dos 50 mil pontos, na pontuação máxima após abertura.

O Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos cresceu 2,5% entre abril e junho deste ano, na taxa anualizada, após avançar 1,7% no primeiro trimestre de 2013. O resultado ficou acima da previsão de alta de 2,2% e pode calibrar as apostas dos investidores quanto ao início da retirada dos estímulos monetários pelo Federal Reserve.

Outro indicador que também contribui para definir quando deve ser o momento exato do fim do programa de recompra de bônus mostrou que o número de trabalhadores norte-americanos que entraram pela primeira vez com pedido de auxílio-desemprego caiu 6 mil, para 331 mil, em linha com a estimativa e perto do menor patamar em cinco anos desde o fim de julho.

Em reação, os índices futuros das Bolsas de Nova York praticamente mantiveram os ganhos exibidos mais cedo. No horário acima, o S&P 500 para setembro subia 0,07%, na expectativa, agora, pelos discursos dos presidentes das distritais do Fed, James Bullard (Saint Louis), às 9h50 e às 20h45, e Jeffrey Lacker (Richmond), às 15 horas.

Mas os investidores ainda mostram maior propensão ao risco, engatando compras de oportunidade e reduzindo a busca por proteção diante da percepção de que uma intervenção na Síria pode ser adiada ou mesmo limitada. O presidente dos EUA, Barack Obama, disse que ainda não decidiu sobre iniciar um ataque ao país árabe e afirmou que quer evitar um longo conflito na região.

O primeiro-ministro britânico, James Cameron, também recuou e disse que não haverá uma intervenção antes da votação do Parlamento sobre o assunto e até que haja um comunicado dos inspetores da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre o suposto uso de armas químicas. China e Rússia, por sua vez, mantêm a cautela.

Internamente, destaque para OGX, após a performance negativa das ações da empresa penalizaram o desempenho da Bolsa como um todo. Hoje, porém, o noticiário pode aliviar a pressão, após fontes afirmaram à agência Dow Jones de que a petrolífera de Eike Batista pretende apresentar um plano de reestruturação de dívida em duas semanas. Segundo os relatos, a OGX deve propor um swap de um "significativo" montante da dívida, em busca de capital novo. A operação deve ser concluída em 30 a 40 dias.

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