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Fator aumenta preço-alvo para ação da Cielo em 35,4%

Empresa perdeu grandes contas, mas continua a priorizar a rentabilidade em detrimento de participação de mercado

Cielo teve sua projeção de lucro elevada para 2,3 bilhões de reais em 2012  (Divulgação)

Cielo teve sua projeção de lucro elevada para 2,3 bilhões de reais em 2012 (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 3 de agosto de 2012 às 12h11.

São Paulo - A corretora Banco Fator refez suas projeções para a Cielo (CIEL3) e elevou o preço-alvo às ações da empresa de 48 reais para 65 reais, um aumento de 35,4%. Jacqueline Lison e Rodrigo Faria, que assinam a análise, mantiveram a recomendação de manutenção.

A projeção de lucro foi elevada de 1,9 bilhão de reais para 2,3 bilhões de reais em 2012 e de 2 bilhões de reais para 2,5 bilhões de reais em 2013. Em função do bom resultado no primeiro trimestre de 2012, os analistas aumentaram a margem Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de 2012 de 61,4% para 62,9%.

No aluguel de equipamentos, espera-se uma competição mais forte, tanto por conta de maior agressividade das concorrentes como pela entrada de novos concorrentes. Mesmo assim, a corretora projeta uma expansão de 29,1%.

As projeções foram refeitas com base na bem sucedida estratégia de fortalecer a posição de liderança no setor por meio de investimentos em atualização tecnológica do parque e em mobilidade, parcerias, relacionamento com clientes e aquisições estratégicas. Essa estratégia resultou em ganhos de participação do mercado nos últimos trimestres e em expansão acima das expectativas das linhas de negócios.

Os principais desafios enfrentados pela marca estão na concorrência, representada pela Redecard, que passou a ser mais agressiva. A Cielo perdeu grandes contas, mas continua a priorizar a rentabilidade em detrimento de participação de mercado. O impacto nos volumes se dará nos próximos trimestres.

Os analistas destacam também uma desaceleração no ritmo de expansão no mercado de adquirência, em função da redução do PIB, do consumo interno e da indústria de meios de pagamentos eletrônico. O crescimento do setor, segundo dados da empresa, ficou em 18,2% no 2º trimestre de 2012, enquanto que no 4º trimestre de 2001 e no 1º de 2012 era de 22,3%.

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