HSBC reduziu o preço-alvo de R$ 102 para R$ 87 em 12 meses (Divulgação)
Da Redação
Publicado em 15 de agosto de 2011 às 17h18.
São Paulo – O aumento no risco de falta de liquidez para as ações ordinárias da Guararapes (GUAR3), dona da Riachuelo, uma das maiores redes de lojas de departamento de vestuário do Brasil, incentivou a equipe de pesquisa do HSBC a reduzir nesta segunda-feira (15) o preço-alvo para os papéis da companhia, apesar dos bons resultados apresentados pela empresa no segundo trimestre de 2011.
Em relatório, os analistas Francisco Chevez e Manisha Chaudhry diminuíram o preço-alvo de 102 reais para 87 reais em 12 meses, o que representa um potencial de valorização de 12,98% frente à cotação de 77 reais vista no fechamento do último pregão. A recomendação aos papéis foi reiterada em manter.
De acordo com o HSBC, a Guararapes teve “resultados excelentes“ no último trimestre. A companhia divulgou um lucro por ação que ficou acima das expectativas entre abril e junho deste ano: 1,60 real por papel, o que representa uma alta de 46,5% frente ao projetado por Chevez e Chaudhry.
Apesar da receita líquida ter ficado dentro das estimativas, as vendas mesmas lojas deixaram a desejar: cresceram 7% excluindo a reforma em 16 lojas, enquanto a previsão era de 8,5%. Diante deste cenário, os analistas mantiveram a expectativa de receita líquida para 2011 (3,069 bilhões de reais), mas reduziram ligeiramente a projeção para 2012.
Consequentemente, o HSBC reajustou suas projeções de lucro por ação para os próximos quatro trimestres e reduziu ainda a perspectiva de múltiplo de preço sobre lucro (P/L) para os papéis da companhia, cortando de 19 vezes para 14 vezes. A diminuição ocorreu “devido ao maior risco de liquidez percebido considerando a recente crise do mercado”, explicam Chevez e Chaudhry.
No acumulado do mês, as ações da Guararapes acumulam queda de 1,72%, enquanto no ano o ganho é de 0,28%. Considerando os últimos 365 dias, os papéis apresentam alta de 6,01%.