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Fala de Bernanke pode levar NY a abrir em alta

Em dia sem anúncio de indicadores relevantes nos EUA, a maior expectativa é para a apresentação do presidente de Federal Reserve, Ben Bernanke, e para o balanço da Alcoa


	Bolsa de Nova York: às 10h15 (de Brasília), o Dow Jones futuro subia 0,12%, o Nasdaq ganhava 0,23% e o S&P 500 tinha alta de 0,19%
 (Spencer Platt/Getty Images)

Bolsa de Nova York: às 10h15 (de Brasília), o Dow Jones futuro subia 0,12%, o Nasdaq ganhava 0,23% e o S&P 500 tinha alta de 0,19% (Spencer Platt/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 8 de abril de 2013 às 10h34.

Nova York - As bolsas norte-americanas devem iniciar o pregão desta segunda-feira em alta, sinalizam os índices futuros.

Em dia sem anúncio de indicadores relevantes nos Estados Unidos, a maior expectativa é para a apresentação do presidente de Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Ben Bernanke, e para o balanço da Alcoa, que marca o início da temporada de balanços do primeiro trimestre de 2013.

Às 10h15 (de Brasília), o Dow Jones futuro subia 0,12%, o Nasdaq ganhava 0,23% e o S&P 500 tinha alta de 0,19%.

A apresentação de Bernanke, que fala em uma conferência em Atlanta com início previsto às 20h15 (de Brasília), ganha especial atenção pois acontece logo após o anúncio de dados frustrantes do mercado de trabalho dos EUA.

Na sexta-feira (05), o Departamento de Trabalho divulgou a criação de 88 mil vagas, ante previsão de 200 mil de Wall Street. A previsão do Morgan Stanley é que se a criação de vagas se mantivesse em cerca de 200 mil postos por mês, a taxa de desemprego cairia para a casa dos 6,5% no primeiro semestre de 2015.

Este é o nível que o Fed sinalizou que seria necessário para mudar a política monetária, mas após os números fracos de março, o mercado aguarda agora o que Bernanke tem a dizer.

Ainda sobre o Fed, nesta semana será divulgada a ata da reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) de março, na quarta-feira (10). Mas após os números ruins do mercado de trabalho, os economistas destacam que a expectativa pelo documento fica um pouco esvaziada.

"O que os mercados vão esperar ansiosamente é a apresentação de Bernanke, por isso, é pouco provável que a ata, neste contexto, desperte muita atenção", afirma o economista-chefe do RBC Capital Markets, Tom Porcelli.


Além da ata da reunião do Fomc, esta semana saem dados de março das vendas do varejo, estoques no atacado, orçamento do governo e o índice de confiança do consumidor da Universidade de Michigan.

Para o economista do instituto Markit, Chris Williamson, os dados relacionados ao consumo serão úteis para se ter uma ideia de como os norte-americanos estão sendo afetados pela política fiscal mais apertada e cortes de gastos públicos, em vigor desde 1º de março.

O relatório de trabalho mostrou que o varejo, inesperadamente, cortou 24 mil vagas em março, o que pode sugerir números fracos de vendas.

No noticiário corporativo, a Alcoa inicia nesta segunda-feira a temporada de anúncio dos resultados corporativos do primeiro trimestre e divulga seu balanço após o fechamento do mercado.

Nesta semana, dois grande bancos também anunciam seus números, JPMorgan Chase, a maior instituição financeira dos EUA, e Wells Fargo, ambos na sexta-feira (12).

Para a Alcoa, a expectativa dos analistas é de lucro de US$ 0,08 por ação, pouco abaixo dos US$ 0,10 por ação do mesmo período de 2012. A projeção do FactSet é que as vendas da empresa no primeiro trimestre tenham queda de 1,6% e fiquem em US$ 5,9 bilhões. No pré-mercado, o papel da Alcoa tinha alta de 0,97%.

Além dos números financeiros da empresa, o balanço da Alcoa, que é a maior do mundo no setor de alumínio, também é monitorado por sinalizar como está o mercado mundial deste metal e suas tendências.

O destaque de alta no pré-mercado nesta manhã era o papel da Lufkin, uma empresa que desenvolve tecnologias para exploração de petróleo e gás, que subia 38%. A General Eletric (GE) anunciou a compra da Lufkin por US$ 3,3 bilhões, em dinheiro. A ação da GE subia 0,57%.

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