Facebook e Groupon disparam no mercado secundário em 2010
Negócios em ambiente privado revelam a força da possível retomada das empresas de internet na bolsa
Ações do Groupon subiram 300% em um período de cinco meses (Reprodução/EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 28 de março de 2011 às 19h03.
São Paulo – O mercado privado de negociações de ações nos Estados Unidos revela a grande força com que a nova onda de empresas de internet, principalmente às ligadas as redes sociais, pode chegar à bolsa. Números publicados recentemente pela Nyppex, uma empresa de consultoria para compradores e vendedores de ações privadas, mostram que os papéis do Groupon, por exemplo, subiram 300% desde junho até dezembro. Os dados foram coletados pelo blog DealBook, do The New York Times.
Com o preço a 88,73 dólares, as ações da empresa de compras coletivas sugerem um valor de mercado de 4,8 bilhões de dólares. O Groupon rejeitou, no começo do mês, uma proposta para ser vendido por 6 bilhões de dólares ao Google. O Facebook, por sua vez, já goza de um valor de mercado de 41,2 bilhões de dólares. As ações, cotadas a 18,54 dólares, valorizaram-se 56,1% no mesmo período.
O microblog Twitter aparece com a segunda maior alta dos 11 papéis do setor acompanhados pela Nyppex. As ações avançaram 131% desde junho e levaram a empresa para um valor de mercado de 3,7 bilhões de dólares. O ambiente do mercado secundário é alimentado, principalmente, pela venda de detentores das ações, como os funcionários das empresas para os investidores institucionais.
(The New York Times/ DealBook)
Apesar da expressiva valorização vista para algumas empresas, três das companhias da amostra apresentam queda. A perda mais aguda ficou para os papéis da Digg, empresa de compartilhamento e avaliação de conteúdo online. As ações caíram 40% nos cinco meses analisadas. A empresa agora vale 102 milhões de dólares. O Zynga, que desenvolve games para as redes sociais, e o Linkedin, conhecido com o Facebook de gravata, tiveram uma queda aproximada de 8%.
O mercado aguarda com expectativa a nova onda de IPOs do setor de tecnologia, ainda afetado pela bolha das .com.
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