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Sócios da EY aprovam separação das áreas de consultoria da auditoria

O objetivo da consultoria é eliminar os possíveis conflitos de interesse entre as operações e crescer mais

Ernst & Young (Ernst & Young/Exame)

Ernst & Young (Ernst & Young/Exame)

Os sócios da EY aprovaram nesta quinta-feira, 8, um plano para separar os negócios de auditoria e consultoria.

A decisão, que deve ser votada por mais de 13 mil parceiros, reformularia o setor de contabilidade da EY, e segue um verão de atrasos e divergências internas sobre as operações.

A EY pretende abrir o capital de seu braço de consultoria no final do próximo ano.

A empresa, presente em mais de 150 países e com 312 mil funcionários, faz parte das chamadas "Big Four", o grupo que reúne as quatro maiores consultorias do mundo, junto com Deloitte, KPMG e PwC.

A decisão de separar as operações teria sido aprovada por unanimidade pelos sócios.

Divisão dos negócios da EY vai permitir crescer mais rapidamente, evitando conflitos de interesse

Segundo o presidente global da EY, a decisão de separar as operações teria sido tomada na base da ideia que os ramos de auditoria e consultoria podem crescer mais rapidamente à medida que negócios separados não sejam limitados por conflitos de interesse que impedem para seus consultores de trabalhar com clientes de auditoria.

Para o executivo, essa divisão das operações "vai mudar o setor", dando aos clientes “mais opções”.

A EY audita gigantes do Vale do Silício, incluindo Amazon (AMZO34) e Alphabet (GOGL34), controladora do Google. Isso limita sua capacidade de competir na área de consultores que se unem a gigantes da tecnologia para vender serviços terceirizados para empresas.

De acordo com o plano, as atividades de consultoria da EY, que têm receitas de cerca de US$ 18 bilhões, permaneceriam na estrutura de parceria existente.

Uma divisão de consultoria maior e separada seria transformada em uma empresa independente, e cerca de 15% do capital seria colocado no mercado, por um valor estimado em US$ 11 bilhões.

O plano da EY pressupõe um crescimento agressivo da receita em ambos os negócios – até 7% na auditoria e 18% na consultoria.

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