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Exterior ajuda, mas Bovespa mostra dificuldades

As safras de balanços norte-americana e doméstica tendem a aguçar os ativos de risco


	Bovespa: às 10h05, o Ibovespa cedia 0,22%, aos 48.713,03 pontos, na mínima
 (Dado Galdieri/Bloomberg)

Bovespa: às 10h05, o Ibovespa cedia 0,22%, aos 48.713,03 pontos, na mínima (Dado Galdieri/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 24 de julho de 2013 às 10h44.

São Paulo - Enquanto os mercados internacionais continuarem abrindo terreno para novas altas, a BM&FBovespa deve tentar seguir de carona nessa trégua. Mas o espaço para ganhos adicionais tende a ficar cada vez menor, à medida que se aproxima do nível dos 50 mil pontos.

Ainda assim, o sinal positivo exibido pelas bolsas de valores no exterior pode trazer inspiração aos negócios locais. Por lá, os investidores resolveram priorizar a melhora da atividade na zona do euro, em detrimento de um novo dado fraco sobre a indústria na China. Faltam agora os dados dos Estados Unidos.

As safras de balanços norte-americana e doméstica também tendem a aguçar os ativos de risco. Às 10h05, o Ibovespa cedia 0,22%, aos 48.713,03 pontos, na mínima.

O economista da Órama Investimentos, Álvaro Bandeira, vê com certa cautela a sexta alta consecutiva cravada pela Bolsa brasileira ontem, acumulando valorização de 7,22% no período.

"O maior problema é que não enxergamos grande consistência nesse movimento de recuperação, já que os volumes transacionados estão baixos", pondera.

Apesar de atribuir parte desse giro financeiro mais fraco às férias no Hemisfério Norte, um operador da mesa de renda variável de uma corretora paulista lembra que as compras que vêm sendo observadas nos últimos pregões são classificadas como "de oportunidade" e são, na maioria, de curto prazo.

"No primeiro susto, o investidor devolve", diz, acrescentando que a Bolsa brasileira segue carente de um tomador final.


Ainda assim, os profissionais consultados lembram que muitas ações estão "amassadas" com preços descontados e, ao mesmo tempo, atrativos. Essa fator, acompanhado de certa calmaria no ambiente externo tende a beneficiar a renda variável brasileira. Resta saber se o fôlego de alta seguirá firme. Para Bandeira, o nível dos 50 mil pontos é o primeiro objetivo. Porém, "a partir daí há uma série de resistências gráficas".

Mas o dia começa com as praças financeiras na Europa e em Nova York no azul, amparadas pela melhora inesperada do setor manufatureiro na zona do euro, que superou a linha divisória de 50 pela primeira vez desde janeiro de 2012, ficando em 50,4 em julho.

Ainda nesta quarta-feira, sai a leitura preliminar deste mês do índice dos gerentes de compras (PMI) industrial nos EUA. Às 11 horas, são divulgadas as vendas de moradias novas em junho.

Já na China, o resultado preliminar do índice PMI da indústria chinesa medido pelo HSBC ficou em 47,7 em julho, no nível mais baixo em 11 meses. O dado de junho da atividade industrial na China foi revisado em baixa, passando de 48,3 para 48,2.

Os números podem influenciar no desempenho das ações da Vale. Também no radar, estão os papéis das empresas que divulgaram seus resultados trimestrais entre a noite de ontem e esta manhã. Os destaques são Pão de Açúcar, Telefônica/Vivo e Fibria. Após o fechamento, saem os números contábeis de Natura e EDP.

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