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Exterior afeta de novo e Bovespa cai 1,7% no fim do dia

O principal indicador da Bolsa paulista encerrou em baixa de 1,7%, aos 57.524,45 pontos


	Bovespa: o giro financeiro ficou em R$ 6,675 bilhões
 (Luciana Cavalcanti/Você S.A.)

Bovespa: o giro financeiro ficou em R$ 6,675 bilhões (Luciana Cavalcanti/Você S.A.)

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Da Redação

Publicado em 8 de novembro de 2012 às 17h05.

São Paulo - A Bovespa amargou mais um dia de queda nesta quinta-feira e retornou ao patamar dos 57 mil pontos. O pessimismo refletiu as preocupações com o abismo fiscal dos Estados Unidos e a demora no repasse da ajuda financeira à Grécia. Também pesou o discurso negativo do presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, sobre as perspectivas para o crescimento da zona do euro. Assim, dados positivos sobre a economia norte-americana foram ofuscados. No âmbito interno, as blue chips - Vale e Petrobras - tiveram expressivo declínio, colaborando para o deslize do Ibovespa.

O principal indicador da Bolsa paulista encerrou em baixa de 1,7%, aos 57.524,45 pontos. Com o desempenho desta sessão, a Bovespa quase zerou os ganhos no mês (+0,80%). No ano, a valorização é de 1,36%. Na mínima do dia, o índice atingiu 57.420 pontos (-1,87%) e, na máxima, chegou aos 59.008 pontos (+0,84%). O giro financeiro ficou em R$ 6,675 bilhões.

"Essa questão do abismo fiscal voltou com força assim que (Barack) Obama foi confirmado como presidente dos EUA. O mercado tinha deixado isso de lado durante a campanha presidencial, mas agora voltou com força. Essa é uma questão muito preocupante e vai trazer volatilidade para os negócios enquanto não houver uma definição", disse um experiente profissional. Ele lembrou que o feriado de Ação de Graças nos EUA este mês pode atrapalhar ainda mais um acordo no Congresso para a questão fiscal - uma série de cortes de gastos e de aumentos de impostos automáticos entra em vigor no começo do ano que vem, caso não haja acordo. "Os próximos dias devem ser de volatilidade, para o bem ou para o mal", ponderou.


Petrobras acompanhou o petróleo no exterior e terminou o dia no vermelho. O papel ON caiu 2,88% e o PN cedeu 2,69%.

Vale foi na contramão dos metais, que fecharam em leve alta, e recuou. A ação ON perdeu 2,25% e a PNA teve desvalorização de 2,04%.

A ação ON do Banco do Brasil figurou entre os destaques de queda do Ibovespa, com perda de 4,45%. O banco estatal informou mais cedo um lucro líquido de R$ 2,7 bilhões entre julho e setembro, montante 5,7% menor do que no mesmo intervalo do ano passado. Na comparação com o trimestre anterior, a queda foi de 9,3%. O resultado ficou em linha com as estimativas de analistas consultados pela Agência Estado.

O lado positivo do Ibovespa teve entre os destaques LLX ON, com ganho de 2,52%. A companhia do empresário Eike Batista divulgou balanço na véspera e nesta quinta-feira recebeu recomendação de compra do UBS, o que pode ter contribuído para a performance dos papéis.

Em Nova York, às 17h18 (horário de Brasília), o índice Dow Jones perdia 0,38%, o S&P 500 recuava 0,55% e o Nasdaq declinava 0,79%.

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