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Exterior abre espaço para Bovespa engatar recuperação

Recuperação vem motivada pelo sinal positivo vindo do exterior, antes de dados econômicos nos Estados Unidos, e pela melhora do indicador de atividade na China


	BMF&Bovespa: radar da continua direcionado nos mercados internacionais que, por enquanto, garantem um tom positivo para o dia
 (©AFP / Yasuyoshi Chiba)

BMF&Bovespa: radar da continua direcionado nos mercados internacionais que, por enquanto, garantem um tom positivo para o dia (©AFP / Yasuyoshi Chiba)

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Da Redação

Publicado em 24 de outubro de 2012 às 09h35.

Depois de retroceder nesta terça-feira (23) aos níveis do início do mês passado, a Bovespa deve engatar uma recuperação nesta quarta-feira, motivada pelo sinal positivo vindo do exterior, antes de dados econômicos nos Estados Unidos, e pela melhora do indicador de atividade na China. A expectativa pelo balanço financeiro da Vale, que deve ser o mais baixo desde o primeiro trimestre de 2010, pode limitar o ímpeto. Às 10h05, o Ibovespa subia 0,31%, aos 57.870 pontos, na máxima.

Segundo profissionais consultados pela Agência Estado, o radar da Bolsa continua direcionado nos mercados internacionais que, por enquanto, garantem um tom positivo para o dia. Mas, eles lembram que a agenda econômica norte-americana é forte e as expectativas recaem no comunicado que se seguirá ao final da reunião de política monetária do Federal Reserve, às 16h15. Para especialistas no exterior, o Banco Central dos Estados Unidos pode avançar no processo de estabelecer os critérios que justificam a manutenção dos juros em níveis extremamente baixos.

Antes, nos EUA, serão conhecidos a leitura preliminar de outubro da atividade industrial do país (11h) e números sobre as vendas de moradias novas em setembro e sobre os preços de moradias em agosto, ambos às 12h. Às 12h30, é a vez do relatório oficial sobre estoque de petróleo bruto e derivados no país. Ainda às 10h05, o futuro do S&P 500 avançava 0,33%.

Também por volta do horário acima, as principais commodities industriais não firmavam uma direção única, afetadas pela fraqueza do euro ante o dólar, após dados piores sobre a atividade entre os países que compartilham a moeda única, e ofuscando a melhora da indústria na China. Enquanto o índice de gerentes de compras (PMI) da zona do euro contrariou a previsão de alta e caiu em outubro ante setembro, com deterioração da atividade na Alemanha, o indicador na China melhorou no mesmo período pelo segundo mês consecutivo, mas permaneceu em território de contração pelo 12º mês seguido.

A sinalização de recuperação do país emergente pode embalar as ações da Vale, assim como motivou os mercados em Xangai e em Hong Kong. Mas as atenções sobre a mineradora estão reservadas para o fim do dia, quando será publicado o resultado referente ao terceiro trimestre deste ano. Segundo a média de sete casas consultadas pela Agência Estado, o lucro do período deve recuar 63%, em base anual, para US$ 1,8 bilhão. Para os especialistas, o preço do minério de ferro será o vilão do balanço.

"O ano não tem sido bom para a Vale", lembra o estrategista-chefe da SLW Corretora, Pedro Galdi. "No primeiro trimestre, foram as chuvas; no segundo, o câmbio e, agora, o minério", enumera, referindo-se aos itens extraordinárias que afetaram os resultados da companhia em cada um dos três trimestres de 2012.

Mas, como os números trimestrais só serão conhecidos após o fechamento dos mercados, é melhor deixar "esse problema para amanhã", comenta um operador da mesa de renda variável de uma corretora paulista. De qualquer forma, acrescenta o profissional que falou sob a condição de não ser identificado, "o balanço da Vale só vai fazer preço se surpreender para um dos dois lados (positiva ou negativamente", completa.

Já os números trimestrais de Cielo e Embraer podem movimentar os papéis dessas empresas. O lucro líquido consolidado da fabricante de aeronaves disparou mais de 3.300% no terceiro trimestre de 2012, em relação ao mesmo período do ano passado, para R$ 132,9 milhões. Em dólar, porém, o resultado ficou cerca de 30% abaixo das estimativas dos analistas consultados pela AE. A credenciadora de cartões, por sua vez, reportou lucro líquido de R$ 588,9 milhões entre julho e setembro deste ano, com alta de 28,7%, também em base anual.

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