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Explosão em demanda por debêntures aumenta riscos

Com bancos centrais em todo o mundo baixando as taxas básicas para níveis sem precendentes, administradores de recursos estão buscando alternativas aos títulos públicos


	Notas de 50 reais
 (Germano Lüders/Você S/A)

Notas de 50 reais (Germano Lüders/Você S/A)

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Da Redação

Publicado em 26 de outubro de 2012 às 09h42.

São Paulo - Investidores brasileiros estão acumulando ativos de maior risco em carteira, com a compra de debêntures atreladas ao CDI, que pagam até metade do spread de dois anos atrás.

A Transmissora Aliança de Energia Eletrica SA, sediada no Rio de Janeiro, emitiu neste mês títulos de cinco anos que pagam 78 pontos-base, ou 0,78 ponto percentual, acima do CDI, ou quase metade dos 140 pontos-base de spread pago em uma emissão de papéis de cinco anos em 2010. Empresas com nota de crédito AA em escala nacional pela Standard & Poor’s, a mais do mercado de debêntures brasileiro, estão emitindo títulos de cinco anos com taxa até 90 pontos-base acima do CDI, em comparação a 110 pontos no início do ano, segundo o Banco Santander SA.

Com os bancos centrais em todo o mundo baixando as taxas básicas para níveis sem precendentes para estimular suas economias, administradores de recursos estão buscando alternativas aos títulos públicos, que são hoje a maior parte de suas carteiras. O aumento na demanda foi muito maior do que o de emissões e, com isso, as taxas já não compensam o risco de deter debêntures, segundo o Itaú Asset Management.

“Os spreads estão muito baixos em relação aos fundamentos”, disse disse Marcelo Villela de Araujo, chefe de renda fixa para América Latina na Itaú Asset, que ajuda a administrar R$ 318 bilhões na segunda maior gestora de recursos do País. “Há muita procura por produtos de crédito e a oferta não está acompanhando a demanda.”

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