(Instituto Sol/Divulgação)
Estagiária de jornalismo
Publicado em 28 de dezembro de 2024 às 08h00.
Última atualização em 30 de dezembro de 2024 às 08h58.
Investir em educação foi o propósito de um grupo de executivos do mercado financeiro ao criar o Instituto Sol, organização sem fins lucrativos que oferece a jovens de baixa renda acesso a bolsas de estudo e novas oportunidades. O Instituto promove a inclusão em colégios particulares, aumentando as chances de ingresso em universidades de qualidade e transformando os alunos em vetores de mudança.
Um exemplo é o de Bruna Beatriz, de 17 anos, moradora do Jardim São Domingos, em São Paulo. Após conhecer o Instituto Sol em 2022, ela conquistou uma bolsa integral no Colégio Bandeirantes. “Eu nunca imaginei que meu sonho de fazer um ensino médio melhor seria realizado de forma tão incrível.” O próximo passo de Bruna é cursar biotecnologia, um sonho agora mais próximo de se concretizar. Além das bolsas, o Instituto oferece mentoria e orientação profissional, preparando os estudantes tanto para desafios acadêmicos quanto para o mercado de trabalho.
Fundado em 2017, o Instituto Sol conta com o apoio de 15 instituições financeiras, como RBR Asset, Ibiuna Investimentos e Julius Baer. Essas parcerias garantem recursos para alimentação, transporte e materiais escolares, além de viabilizar programas como o cursinho preparatório com 1.000 vagas planejado para 2025. O orçamento estimado para este ano é de R$ 7 milhões.
Bruna Waitman, CEO do Instituto, diz que o apoio dos doadores permite ampliar o alcance e manter o compromisso com a formação integral dos jovens. Desde sua fundação, o Instituto já atendeu mais de 500 alunos, e atualmente acompanha cerca de 80 por ano. A meta é ambiciosa: chegar a 1.000 estudantes anuais até 2025.
Dados do IBGE mostram que apenas 35% dos jovens brasileiros entre 18 e 24 anos acessam o ensino superior. No Instituto Sol, essa taxa ultrapassa 70%. Ainda de acordo com o IBGE, pesquisas mostram que cada ano adicional de escolaridade pode aumentar a renda futura em até 10%, destacando a educação como ferramenta de redução de desigualdades.
Ricardo Almendra, CEO da RBR Asset, afirma que, desde 2022, a gestora destina parte de seu lucro líquido ao Instituto. Para ele, as empresas têm uma função social: “É fundamental devolver para a sociedade um pouco do sucesso que alcançamos.”