Mercados

Ex-executivos da Sadia são condenados à prisão

Dois executivos da empresa foram condenados pelo uso de informação privilegiada durante a aquisição da Perdigão

Os executivos podem pedir a substituição da pena para serviços comunitários  (Exame)

Os executivos podem pedir a substituição da pena para serviços comunitários (Exame)

DR

Da Redação

Publicado em 18 de fevereiro de 2011 às 12h21.

Rio de Janeiro  - A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e o Ministério Público Federal (MPF) obtiveram a primeira condenação penal do Brasil por crime de uso indevido de informação privilegiada - ou "insider trading" -, no caso Sadia. Dois ex-executivos da empresa foram condenados a prisão.

O ex-diretor de Finanças e Relações com Investidores Luiz Gonzaga Murat Júnior foi condenado a um ano e nove meses de prisão, em regime inicial aberto, e pagamento de multa no valor de R$ 349,7 mil. As condenações podem vir a ser substituídas pelas penas restritivas de direitos de prestação de serviços à comunidade e proibição do exercício do cargo de administrador ou conselheiro fiscal de companhia aberta até o cumprimento da pena.

Já o ex-membro do conselho de administração da empresa Romano Ancelmo Fontana Filho foi condenado a um ano e cinco meses em regime inicial aberto e multa de R$ 374,9 mil, também podendo pleitear a substituição pelas mesmas penas restritivas de direitos de Murat.

A denúncia de insider ocorreu no âmbito de oferta pública para aquisição de ações de emissão da Perdigão, em 2006, pela Sadia. A sentença foi anunciada hoje e está ligada a uma ação penal aberta em 2009 pela 6ª Vara Federal especializada de São Paulo. Uso de informação privilegiada é crime desde 2002 no Brasil, mas até hoje a prática não havia levado à condenação à prisão no País. Os condenados podem recorrer da decisão.

Acompanhe tudo sobre:AlimentaçãoBRFCarnes e derivadosCVMEmpresasExecutivosJustiçaPrisõesSadia

Mais de Mercados

Futuro incerto: Empresas dos EUA suspendem guidance em meio a caos tarifário

Como a cidade-sede da Toyota está se preparando para as tarifas de Trump

Lucro do Morgan Stanley salta com volatilidade provocada por tarifas de Trump

Tesla suspende venda na China de importados dos EUA após tréplica de Pequim às tarifas de Trump