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Ex-diretor pagará R$1,5 mi à Fibria em caso de derivativos

Isac Zagury reconheceu a culpa e pagará indenização à empresa para encerrar processo

Fibria e a criação de multinacionais brasileiras (Ricardo Teles)

Fibria e a criação de multinacionais brasileiras (Ricardo Teles)

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Da Redação

Publicado em 5 de dezembro de 2012 às 14h10.

São Paulo - A Fibria (FIBR3) informou nesta quarta-feira ter assinado acordo com seu ex-diretor financeiro Isac Roffé Zagury sobre o pedido indenizatório recorrente das perdas com operações de derivativos em 2008. O acordo, que extingue o processo, exige que Zagury pague 1,5 milhão de reais à empresa com base no reconhecimento, por parte do executivo, da violação dos limites da política financeira e por não comunicar tal fato ao Conselho de Administração.

O acordo encerra a ação civil movida pela Aracruz (a Fibria é resultado da combinação da Aracruz com a Votorantim Celulose e Papel) após a perda de 4,2 bilhões de reais com contratos cambiais de alto risco em 2008. 

O caso dos derivativos tóxicos, um dos principais pontos de exposição do Brasil à crise mundial de 2008, evidenciou as fragilidades do mercado em relação às novas operações de alto risco. 

Sadia e Aracruz foram casos mais notórios de empresas afetadas – a Sadia teve perdas de 2,6 bilhões de reais. Dez administradores da Sadia foram condenados em 2010 a multas entre 200 mil e 400 mil reais.

Zagury tem ainda um processo administrativo sancionador em andamento na Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Em setembro, a CVM fechou acordo com todos os acusados no processo de derivativos tóxicos da Aracruz. Dezesseis acusados pagarão, cada um, entre 800 mil a 1,2 milhão de reais para ter o processo extinto sem presunção de culpa. Zagury foi o único a não apresentar proposta de termo de compromisso à CVM. 

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