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Ex-CEO do Google diz que IA não vive bolha: 'estamos em outra escala'

Para Eric Schmidt, o avanço da inteligência artificial é sustentado por demanda real e inaugura uma nova fase da economia global

Publicado em 21 de julho de 2025 às 12h15.

Apesar das comparações com a bolha da internet dos anos 2000, o ex-CEO do Google Eric Schmidt acredita que o momento atual da inteligência artificial representa algo mais profundo: o início de uma nova era industrial.

Durante o RAISE Summit, em Paris, Schmidt reconheceu que muitos discursos no setor soam como uma típica euforia de mercado, mas afastou a ideia de que a IA esteja prestes a viver um colapso. “Com base na minha experiência, acho improvável que isso seja uma bolha”, afirmou.

Segundo ele, o avanço da IA desde o lançamento do ChatGPT é sustentado por fundamentos sólidos, como o crescimento do mercado de chips e a expansão dos data centers.

Schmidt citou a Nvidia como exemplo de demanda concreta, destacando que “nunca viu uma situação em que a capacidade de hardware não fosse preenchida por software”.

Corrida por infraestrutura

Investidor em empresas como a Anthropic, Schmidt reconheceu que há um excesso de investimentos em infraestrutura de IA no setor e que alguns executivos preveem excesso de capacidade nos próximos dois ou três anos.

Ainda assim, ele vê esse movimento como típico de mercados em rápida transformação, em que todos acreditam que os concorrentes é que vão perder dinheiro.

Em vez de um estouro de bolha, Schmidt enxerga a consolidação de uma nova base econômica, com potencial para reestruturar indústrias inteiras.

Para Schmidt, a inteligência artificial não está inflando uma bolha especulativa. Está abrindo caminho para uma nova revolução industrial.

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