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Ex-BK traz nova marca para o Brasil de olho no mercado de sanduíches — muito além do hambúrguer

Com meta de abrir 500 lojas em 10 anos, rede americana de sanduíches chega ao Brasil para explorar um mercado de R$ 42 bilhões — onde a maior concorrência vem das padarias

O combo médio (sanduíche, batata e refrigerante) deve variar entre R$ 35 e R$ 50, e o combo promocional de lançamento a R$ 22. (Divulgação/Firehouse)

O combo médio (sanduíche, batata e refrigerante) deve variar entre R$ 35 e R$ 50, e o combo promocional de lançamento a R$ 22. (Divulgação/Firehouse)

Juliana Alves
Juliana Alves

Repórter de mercados

Publicado em 1 de junho de 2025 às 08h25.

Com carnes defumadas, molhos intensos e pães crocantes, a rede americana de fast food Firehouse Subs estreia no Brasil nesta segunda-feira, 2 de junho, no Shopping Internacional de Guarulhos.

A operação marca a entrada da marca em um dos maiores mercados de alimentação do mundo — e com metas ambiciosas: a abertura de 500 unidades em 10 anos.

A responsável por trazer a Firehouse ao país é a Restaurant Brands International (RBI), holding controlada pelo trio brasileiro Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira, também dona do Burger King e Popeyes.

A operação local será liderada por Iuri Miranda, ex-CEO do Burger King Brasil.

Fundada em 1994 na Flórida, a Firehouse iniciou sua expansão internacional em 2023. Das mais de 1.300 lojas no mundo, cerca de 100 estão fora dos EUA. Agora, o Brasil entra no radar da expansão global com uma aposta forte.

Primeiras lojas e estratégia

Cinco unidades estão previstas ainda para 2025 na região metropolitana de São Paulo, incluindo bairros como Itaquera, Interlagos, Tatuapé, além de Santo André e Shopping Bourbon.

O modelo inicial será centrado em praças de alimentação de shoppings, justamente por serem pontos de fluxo voltado à alimentação, como explica Iuri Miranda: “Quando a marca estiver mais consolidada, poderemos expandir para estações de metrô e rodoviárias”, afirma o executivo.

A proposta do cardápio inclui 14 opções de sanduíches — do brisket ao pastrami, além da opção vegetariana com cogumelos e três queijos.

Os ingredientes seguem a receita original americana, com adaptações ao paladar brasileiro: redução na picância e leve doçura no molho vermelho. Além de oferecer a opção de customizar o sanduíche no totem ao realizar o pedido.

O combo médio (sanduíche, batata e refrigerante) deve variar entre R$ 35 e R$ 50, e o combo promocional de lançamento a R$ 22.

Um mercado bilionário (e ainda pouco explorado)

A aposta da Firehouse está ancorada em um mercado em expansão. O setor de alimentação rápida no Brasil movimenta cerca de R$ 134 bilhões por ano, segundo dados da Euromonitor. A categoria de “sanduíches e padaria” representa 32% desse total, algo em torno de R$ 42 bilhões — fatia que a marca quer abocanhar.

Mesmo sendo o segmento mais procurado pelos brasileiros ao comer fora (30% de preferência), o nicho de sanduíches ainda é considerado pouco explorado.

A principal concorrente, Subway, detém apenas 2% do mercado. “O hambúrguer é mais restrito a horários, mas o sanduíche é mais versátil — cabe no café da manhã, no almoço ou no jantar”, compara Miranda.

Compromisso social

Fundada por dois ex-bombeiros, a Firehouse tem como uma de suas missões o apoio a causas ligadas à segurança pública e à saúde. Nos EUA, a Fundação Firehouse Subs já doou mais de US$ 73 milhões em equipamentos e treinamentos para bombeiros e socorristas.

No Brasil, o modelo será adaptado. Segundo Miranda, há conversas com autoridades locais para implementar uma iniciativa de doação por arredondamento de valores no momento da compra — com os centavos sendo destinados a entidades que trabalham com desfibriladores e equipamentos de emergência.

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