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Evergrande é oficialmente excluída da bolsa de Hong Kong

Empresa chinesa, que já foi a maior incorporadora imobiliária do país, colapsou nos últimos anos

A man walks past an Evergrande Group residential complex called Evergrande Palace in Beijing on January 29, 2024. A Hong Kong court on January 29 ordered the liquidation of China's property giant Evergrande, but the firm said it would continue to operate in a case that has become a symbol of the nation's deepening economic woes. (Photo by GREG BAKER / AFP) (Photo by GREG BAKER/AFP via Getty Images) (GREG BAKER/AFP /Getty Images)

A man walks past an Evergrande Group residential complex called Evergrande Palace in Beijing on January 29, 2024. A Hong Kong court on January 29 ordered the liquidation of China's property giant Evergrande, but the firm said it would continue to operate in a case that has become a symbol of the nation's deepening economic woes. (Photo by GREG BAKER / AFP) (Photo by GREG BAKER/AFP via Getty Images) (GREG BAKER/AFP /Getty Images)

Publicado em 25 de agosto de 2025 às 04h12.

A gigante do mercado imobiliário chinês, Evergrande, foi oficialmente retirada da bolsa de Hong Kong nesta segunda-feira, 25. A empresa, que já foi a maior incorporadora imobiliária da China, com uma avaliação de mercado superior a US$ 50 bilhões, colapsou nos últimos anos.

Dan Wang, diretora na China da consultoria Eurasia Group, afirmou à BBC que a exclusão era inevitável. “Uma vez excluída, não há volta”, disse ela ao jornal.

O que aconteceu com a Evergrande?

A Evergrande afundou sob o peso de uma dívida superior a US$ 300 bilhões, resultado de um modelo de expansão baseado em empréstimos agressivos e investimentos de alto risco. O auge da companhia ocorreu em 2018, com presença em 280 cidades chinesas e atuação em setores diversos como carros elétricos, saúde, turismo e futebol.

O ponto de virada veio com a política das “três linhas vermelhas”, lançada por Pequim em agosto de 2020, que impôs limites rigorosos aos níveis de endividamento das incorporadoras. A iniciativa pretendia conter os riscos financeiros do setor, mas acabou desencadeando uma crise sistêmica.

A partir de 2021, a empresa suspendeu obras, acumulou calotes em dívidas internacionais e viu sua ação despencar na bolsa de Hong Kong. Em janeiro de 2024, a Justiça determinou sua liquidação, encerrando uma era do mercado imobiliário chinês. A exclusão definitiva da bolsa ocorreu em agosto de 2025, com apenas US$ 255 milhões recuperados de um passivo de US$ 45 bilhões.

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