Mercados

Europa fecha sem direção única com noticiário misto

Investidores repercutiram artigo de Jon Hilsenrath, influente colunista do Wall Street Journal, que aposta em nova redução de estímulos do Fed próxima semana


	Bolsa de Londres: dia começou com tom positivo e as bolsas europeias passaram boa parte da manhã em alta
 (Jason Alden/Bloomberg)

Bolsa de Londres: dia começou com tom positivo e as bolsas europeias passaram boa parte da manhã em alta (Jason Alden/Bloomberg)

DR

Da Redação

Publicado em 21 de janeiro de 2014 às 14h59.

São Paulo - As bolsas europeias fecharam sem direção nesta terça-feira, 21, repercutindo um noticiário econômico misto.

Por um lado, ajudaram os mercados a injeção de liquidez do Banco do Povo da China (PBoC, o BC chinês) no sistema bancário do país. Por outro, pesaram sobre as bolsas a decepção com o índice ZEW de expectativas econômicas da Alemanha. 

Os investidores também repercutiram um artigo de Jon Hilsenrath, influente colunista do Wall Street Journal, que aposta em uma nova redução de estímulos do Federal Reserve na próxima semana, e as previsões do Fundo Monetário Internacional (FMI) para a zona do euro. O índice Stoxx 600 fechou em alta de 0,08%, aos 335,76 pontos.

O dia começou com tom positivo e as bolsas europeias passaram boa parte da manhã em alta após o BoC fazer a primeira intervenção significativa nos mercados monetários chineses desde dezembro. A instituição injetou 255 bilhões de yuans (US$ 43 bilhões) no setor bancário para evitar uma potencial crise de liquidez antes do feriado de uma semana do Ano Novo chinês, que começa no fim da próxima semana.

Por outro lado, o índice ZEW de expectativas econômicas da Alemanha caiu para 61,7 em janeiro, de 62,0 em dezembro, contrariando a previsão dos economistas de alta para 64,0.

Segundo o FMI, a zona do euro vai sair da recessão e crescer 1% este ano e 1,4% no próximo. Mas o Fundo alerta que esse crescimento será desigual, com taxas piores nos países mais afetados pela crise, como Espanha, Grécia e Portugal.

Por isso, o relatório recomenda que o Banco Central Europeu (BCE) terá que considerar medidas de estímulos monetários adicionais, além de os governos se empenharem em fazer reformas estruturais.


O Fundo ressalta ainda o risco de estagnação na região e afirma que os bancos europeus ainda têm balanços problemáticos.

Nesse cenário, em Londres, o índice FTSE perdeu 0,04% e encerrou a sessão a 6.834,26 pontos. As mineradoras pressionaram o índice, na medida em que os preços do minério de ferro caíram para o menor nível em seis meses. A ação da Rio Tinto caiu 3,1%, Anglo American perdeu 2,7%, BHP Billiton recuou 1,7% e Glencore Xstrata teve queda de 1,3%.

O índice DAX da Bolsa de Frankfurt subiu 0,15% e fechou a 9.730,12 pontos, após ter alcançado o nível recorde intraday de 9.794,05 pontos. A Henkel foi destaque positivo, com alta de 2,0%, após o conselho propor dividendos mais altos.

Na Bolsa de Paris, o índice CAC-40 teve leve alta de 0,02% e fechou a 4.323,87 pontos. A Alstom teve a pior performance do índice e do Stoxx 600, registrando baixa de 14%, após reportar queda na demanda por suas turbinas e cortar suas previsões para o ano. As ações do BNP Paribas subiram 1,9% após um upgrade do JPMorgan, baseado na expectativa por "maior retorno de capital".

O índice FTSE-Mib, da Bolsa de Milão, subiu 0,11%, fechando a 19.995,75 pontos. Já o índice PSI-20, da Bolsa de Lisboa, fechou com baixa de 0,37%, a 7.079,84 pontos. Em Madri, o índice IBEX-35 teve queda de 0,92% e fechou a 10.357,40 pontos. Com informações da Dow Jones Newswires

Acompanhe tudo sobre:CACDAXFTSEIndicadores econômicosMercado financeiro

Mais de Mercados

Casas Bahia: R$ 1 bi em crédito na Black Friday não configura projeção de vendas, diz varejista

Valorização da xAI e SpaceX coloca empresas de Musk em novos patamares

Ibovespa opera estável à expectativa do pacote de ajuste fiscal e de olho na Cúpula do G20

Explosão atinge fábrica da Braskem em Camaçari, na Bahia