Londres - O euro permanece sob pressão diante do dólar, em meio a preocupações renovadas sobre a situação da Grécia e Espanha e antes da divulgação de dados preliminares do Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos.

A moeda única europeia opera abaixo de US$ 1,29 e recua também frente ao iene e a libra, após a taxa de desemprego da Espanha bater novo recorde e superar 25%. Além disso, uma reportagem do Wall Street Journal afirmando que a Grécia pode precisar de outros 30 bilhões de euros (US$ 38,7 bilhões) em ajuda de credores internacionais ajudou a minar o sentimento nos mercados financeiros, levando à queda das ações na Europa e pressionando para cima os yields (retorno ao investidor) de títulos espanhóis e italianos.

"O foco está voltando para a Grécia", comentou Ian Stannard, chefe de estratégia cambial do Morgan Stanley em Londres. Além disso, a Standard & Poor's rebaixou o BNP Paribas e reduziu a perspectiva do Société Générale e Crédit Agricole para negativa, citando riscos econômicos na França e sul da Europa.

Por outro lado, o índice de confiança do consumidor da Alemanha deu um salto e atingiu o nível mais alto em cinco anos, segundo dados divulgados nesta sexta-feira pelo instituto GFK. Os investidores dos mercados de câmbio vão ficar atentos agora aos dados do PIB norte-americano no terceiro trimestre, que saem às 10h30 (de Brasília).

Já o iene avança ante o dólar antes da reunião de política monetária do Banco do Japão (BoJ, o banco central do país), marcada para a semana que vem, apesar de expectativas de que a instituição adote novas medidas de estímulo. Todos os analistas consultados pela Dow Jones preveem que o BoJ vai elevar o tamanho de seu programa de compra de ativos.

Às 9h45 (de Brasília), o euro recuava para US$ 1,2893, de US$ 1,2932 no fim da tarde de ontem. Na mínima do dia, a moeda única chegou a US$ 1,2883. A divisa da zona do euro também caía para 102,93 ienes, de 103,87 ienes. Já o dólar cedia para 79,84 ienes, de 79,95 ienes. A libra operava a US$ 1,6108, ante US$ 1,6121 ontem. O índice do dólar medido pelo Wall Street Journal avançava para 70,153, de 70,120. As informações são da Dow Jones.