Nova York - O euro caiu em relação ao dólar ao seu ponto mais baixo desde o início de abril, um dia após o Banco Central Europeu (BCE) sinalizar que está se preparando para dar novos estímulos à economia já no próximo mês.

Nesta quinta-feira, 8, o presidente do BCE, Mario Draghi, declarou em entrevista coletiva após o anúncio da decisão de política monetária que a instituição está "confortável" com a possibilidade de adotar novas ações no encontro de junho como forma de estimular a economia, que enfrenta o perigo de deflação.

O sinal de um potencial estímulo do BCE tem pesado sobre o euro, uma vez que torna as moedas rivais mais atraentes para os investidores.

Além disso, pesou sobre o sentimento dos investidores do euro nesta sexta-feira os dados que mostram que as exportações da Alemanha diminuíram em março, o que prejudicou o superávit comercial do país, incentivando a onda pró-estímulos enunciada ontem por Draghi.

Diante desse cenário, a recuperação do dólar poderá durar um pouco mais, disse o estrategista cambial do Bank of America Merrill Lynch Ian Gordon.

"Caso o BCE tome medidas de estímulo, o viés vai continuar de queda para o euro em relação ao dólar. Caso contrário, o mercado vai continuar a testar a disposição do BCE para lidar com a baixa pressão inflacionária."

O dólar também se valorizou em relação à libra como reflexo de uma realização de lucros depois de a divisa britânica ter atingido, no início da semana, o maior valor ante a moeda norte-americana desde 2009, disse o chefe de negociação de câmbio da Mizuho Securities nos EUA, Fabian Eliasson.

No final da tarde em Nova York, o euro caía para US$ 1,3756, de US$ 1,3840 ontem; recuava para 140,06 ienes, de 140,71 ienes na véspera; e subia para 1,2196 francos suíços, de 1,2183 francos suíços na quinta-feira.

Na mesma comparação, o dólar estava subia a 101,82 ienes, de 101,62 ienes, e estava cotado em 0,8868 francos suíços, de 0,8803. Por sua vez, a libra caía para US$ 1,6850, de US$ 1,6935. Fonte: Dow Jones Newswires.