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Euforia do mercado de ações está próxima do fim, diz Jim Cramer

Ex-gestor elenca sinais de descompasso nas bolsas de valores e diz que especuladores "ainda não foram totalmente esmagados"

Jim Cramer: ex-gestor e apresentador do Mad Money, da CNBC (John Lamparski/Getty Images)

Jim Cramer: ex-gestor e apresentador do Mad Money, da CNBC (John Lamparski/Getty Images)

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Guilherme Guilherme

Publicado em 20 de julho de 2021 às 09h00.

As quedas registradas em bolsas de valores do mundo todo na segunda-feira, 19, deve ser apenas um prenúncio de um movimento de baixa mais longo. Isso é o que afirma o ex-gestor e apresentador do programa Mad Money, da CNBC, Jim Cramer. Segundo ele, a euforia no mercado de ações está próxima do fim,

Na véspera, o índice Dow Jones fechou em queda de 2,09%, em seu pior pregão desde outubro. O S&P 500 e o índice Nasdaq caíram mais de 1% em meio a temores sobre a variante delta do coronavírus.

“Estamos perto, mas os especuladores ainda não foram totalmente esmagados”, afirmou Cramer no Mad Money apresentado na noite de segunda.

Entre os sinais de uma "especulação desenfreada", Cramer elencou o elevado número de IPOs e SPACs nos Estados Unidos, volatilidade “maluca” das micro-caps, instabilidade de criptomoedas, ações que se tornam memes e preços "injustificavelmente" altos. 

Para Cramer, ações de grandes bancos americanos, que vêm surpreendendo positivamente em balanços do segundo trimestre, poderiam servir de refúgio em meio às incertezas do mercado. Outra opção, segundo ele, seriam os papéis de infraestrutura, que considera estarem em níveis baixos de preços. 

Apesar de ver um cenário negativo sendo desenhado no mercado, Cramer classificou como positivo a forte queda do petróleo no início desta semana. Na segunda, o petróleo WTI, negociado nos Estados Unidos, despencou 7,5%, após membros da OPEP terem chegado a um acordo para aumento da produção. A especulação nesse mercado, diz ele, diminuiu drasticamente após a queda de ontem. 

Ainda assim, Cramer acredita que o atual nível de preço do petróleo abre espaço para investimentos no setor. “Algumas das melhores do setor são boas demais para ignorar, como a Chevron, com 5,6% de dividend yield.”

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