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EUA vão forçar Wall Street a adiar metade dos bônus

Medidas fazem parte dos esforços para refrear riscos excessivos

O mercado teme que o Bank of America seja o alvo dos novos documentos do WikiLeaks (Spencer Platt/Exame Hoje)

O mercado teme que o Bank of America seja o alvo dos novos documentos do WikiLeaks (Spencer Platt/Exame Hoje)

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Da Redação

Publicado em 6 de fevereiro de 2011 às 17h05.

Washington - Reguladores nos EUA vão propor na segunda-feira que o pagamento de metade dos bônus dos executivos das maiores instituições financeiras seja adiado por pelo menos três anos, como parte dos esforços para refrear os riscos excessivos, revelaram duas pessoas familiarizadas com a proposta.

A ideia, que será apresentada numa reunião do conselho da agência de garantia de depósitos bancários (FDIC), se aplica aos executivos seniores de empresas financeiras com 50 bilhões de dólares ou mais em ativos, como o Bank of America Corp, a JPMorgan Chase & Co, o Goldman Sachs Group Inc e a Morgan Stanley.

A porcentagem dos bônus adiados que um executivo poderia receber seria vinculada ao desempenho da empresa, baseado em decisões tomadas pelo executivo durante o período coberto.

Depois de três anos, os bônus, ou pagamentos baseados em incentivos, não poderiam ser pagos todos de uma vez. Em lugar disso, o executivo receberia não mais de um terço do valor adiado em um ano, segundo uma pessoa informada sobre a proposta.

A regra é exigida pela lei de reformas Dodd-Frank e foi incluída em resposta a queixas de que instituições financeiras estariam pagando seus executivos com base nos aumentos de lucros de curto prazo, sem levar em conta as implicações de longo prazo para as empresas e os mercados.

A regra proposta vai definir quais executivos devem obrigatoriamente ter o pagamento de parte de seus bônus adiado.

Os detalhes da regra foram divulgados primeiramente pelo Wall Street Journal no sábado.

A proposta também prevê que o conselho de diretores das empresas identifique funcionários que não são executivos-chefes, como corretores de ações, cujas atividades podem potencialmente colocar a instituição em perigo ou que representam um "risco material"

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