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EUA investigam MF Global por desvios de milhões dos clientes

Segundo o The New York Times, corretora desviou milhões de dólares de seus clientes para evitar problemas financeiros

Jon Corzine, chairman da MF Global: suspeita de desvios (Getty Images)

Jon Corzine, chairman da MF Global: suspeita de desvios (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 1 de novembro de 2011 às 14h01.

Nova York - A corretora MF Global, dirigida pelo ex-governador de Nova Jersey, Jon Corzine, está sendo investigada pelas autoridades dos Estados Unidos pelo suposto desaparecimento de centenas de milhões de dólares de seus clientes, informou nesta terça-feira o jornal The New York Times.

A empresa é suspeita de ter desviado fundos de seus clientes para financiar seus próprios negócios e para evitar o colapso financeiro da própria MF Global.

De acordo com o jornal, o valor desviado foi calculado num primeiro momento em US$ 950 milhões, e depois da quebra da companhia avaliado em US$ 700 milhões. Espera-se que nos próximos dias seja revelado onde foram parar esses fundos.

Esse buraco no balanço da empresa fez com que as longas negociações para a venda dos ativos da MF Global não tivessem sucesso. Nesta segunda, a companhia foi forçada a apelar para o Capítulo 11 da Lei de Falências dos EUA, que prevê que a empresa devedora continue operando normalmente enquanto chega a um acordo com seus credores.

O 'The New York Times' lembra que firmas de corretagem como a MF Global, especializada em matérias primas e derivados, são obrigadas a manter os fundos de seus clientes separados dos da própria empresa.

Segundo documentação apresentada na segunda-feira no Tribunal de Falências de Manhattan, os ativos da MF Global valem US$ 41,050 bilhões, enquanto a dívida da companhia é de US$ 39,680 bilhões, o que transforma a quebra da empresa na oitava maior da história dos EUA.

Antes de anunciar que recorreria à Lei de Falências, o Federal Reserve informou que tinha suspendido qualquer negócio com a MF Global. A quebra da empresa aconteceu uma semana depois da companhia anunciar perdas de US$ 191,6 milhões no segundo trimestre do ano, prejuízo causado principalmente pela crise da dívida europeia. 

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